Projeto de deputado de MS amplia teste do pezinho no SUS de 6 para 53 doenças
Dagoberto conta que ficou sensibilizado com o relato de uma jornalista de Minas Gerais
O projeto de lei que amplia o alcance do teste do pezinho de seis para 53 doenças vai ser votado nesta semana pela Câmara Federal. A proposta para ampliar a gama de exames ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é de autoria do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT).
Além de salvar a vida das crianças, o Projeto de Lei 5.043 também resulta em economia para o Ministério da Saúde.
“Nós conseguimos demonstrar, com o apoio de entidades nacionais, que uma criança com essas doenças morre com seis, sete anos. Nesse período doente, entre consulta, exames e internação, tem custo altíssimo para o SUS. Basta você evitar que uma dessas crianças fique doente, é uma economia monstruosa. Mas claro que só salvar vidas já bastava”, afirma Dagoberto.
O teste do pezinho é realizado a partir de amostra de sangue coletada no calcanhar do recém-nascido. Na rede particular de Campo Grande, o teste ampliado do pezinho custa R$ 450 para 54 doenças.
O parlamentar espera a aprovação da proposta por ter obtido apoio do governo, comprovando a importância da medida.
Dagoberto conta que ficou sensibilizado com a situação de uma jornalista de Minas Gerais, que sem saber da alergia do filho ao leite materno amamentou a criança, que desenvolveu paralisia cerebral. A doença rara era identificável com o teste do pezinho ampliado.
“Minha filha viu a reportagem dessa jornalista questionou: Pai, por que o SUS não faz isso? Ai eu comecei a discutir e fui chamando as entidades”, afirma. O atendimento da criança diagnosticada precocemente custa o equivalente a um quinto de eventual tratamento sem diagnóstico.
Na lista de doenças, estão imunodeficiências congênitas, atrofia muscular espinhal (problema degenerativo que esgota a força muscular), fibrose cística, galactosemias (prejudicam a função hepática) e hiperplasia adrenal congênita (afeta o crescimento).