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Cidades

Recall de respiradores é preventivo, alerta comitê estadual

Grupo coordenado pelo desembargador Nélio Stábile, de MS divulgou nota nesta terça para tranquilizar pacientes

Anahi Zurutuza | 24/08/2021 17:45
Respirador durante conserto em ação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em Campo Grande, no ano passado (Foto: Fiems/Divulgação)
Respirador durante conserto em ação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em Campo Grande, no ano passado (Foto: Fiems/Divulgação)

Depois que anúncio de recall de ventiladores mecânicos da Philips Brasil foi anunciado e provocou pânico, o Comitê de Mato Grosso do Sul no Fórum Nacional da Saúde, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), decidiu intervir para tranquilizar pacientes e familiares deles que precisam ou necessitaram dos equipamentos. Após reunião na sexta-feira (20), o desembargador Nélio Stábile, coordenador do comitê, divulgou nota para, em suma, informe que a medida tomada pela multinacional é preventiva.

A Philips Brasil está promovendo o recall (reparou ou troca) dos aparelhos ventiladores mecânicos e de suporte de vida Trilogy, Bipaps e Cpaps, de vários modelos da marca, fabricados até 26 de abril de 2021. O motivo foi a identificação, pela fabricante, de dois problemas relacionados à espuma de redução de som usadas nos aparelhos, que pode se degradar em partículas e entrar na via de ar do dispositivo, sendo ingeridas ou inalada.

Ainda conforme o aviso da fabricante, a exposição a essas partículas pode causar diversos prejuízos à saúde do usuário. Diante do alerta, a Adone-MS (Associação de Doenças Neuromusculares de Mato Grosso do Sul) enviou ofício aos representantes do Estado no Fórum Nacional de Saúde informando a preocupação com os pacientes do Estado que fazendo uso desse equipamentos.

Nélio Stábile, por sua vez, cobrou explicações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Philips Brasil para prestarem os esclarecimentos necessários quanto à situação. As respostas vieram na semana passada.

“Entre os esclarecimentos prestados, a fabricante informou que a decisão de realizar o recall preventivo e voluntário foi tomada globalmente pela matriz nos Estados Unidos” e além disso, que “que a degradação da espuma pode ser exacerbada pelo uso de métodos de limpeza não aprovados, como o ozônio, utilizado na esterilização de aparelhos, sobretudo no âmbito hospitalar”.

A indústria esclareceu ainda que “os produtos objetos do presente recall consistem em equipamentos médicos comercializados a grandes distribuidores, hospitais e empresas especializadas em home care”. “Tais equipamentos não são comercializados diretamente no site institucional, cuja venda online limita-se apenas a acessórios”, completa a nota.

Tratamentos não devem ser interrompidos por pacientes sem antes consultar o médico responsável. A Philips indica outro caminho de atendimento: pelo seu serviço de SAC (0800 707 6767, de segunda a sexta, das 8h às 20h e, aos sábados, das 8h às 13h).

Além disso, a empresa anunciou que os reparos e/ou troca de equipamentos começaram a partir do mês de outubro de 2021.

Em resposta ao Comitê Estadual de Saúde, a Anvisa deixou que a Philips é responsável por contatar seus clientes, garantindo a efetividade das ações de recolhimento e/ou conserto dos aparelhos com defeito. Revelou que a empresa estima, com base nas informações obtidas até o momento junto aos distribuidores, que o recall alcance no Brasil, cerca de 10 mil ventiladores pulmonares e 104 mil aparelhos usados nos distúrbios de sono.

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