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Cidades

Servidores ambientais de MS fazem assembleia para decidir adesão à greve

Categoria deve se reunir nos próximos dias para definir o calendário no Estado

Por Fernanda Palheta | 19/06/2024 10:19
Faixa colocada na sede do Ibama MS, na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, em protesto por melhorias salarias no ano passado (Foto: Arquivo pessoal)
Faixa colocada na sede do Ibama MS, na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, em protesto por melhorias salarias no ano passado (Foto: Arquivo pessoal)

Em plena temporada de queimadas, os servidores ambientais do Ibama em Mato Grosso do Sul decidem em assembleia na próxima sexta-feira se aderem à greve nacional após meses de negociação sem avanços. A categoria reivindica reajuste salarial, a reestruturação de suas carreiras e o aumento do quantitativo de funcionários. As reivindicações são as mesmas dos integrantes do ICMBio em MS (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Ao todo, servidores de 17 estados e do Distrito Federal aderiram a mobilização. As paralisações por tempo indeterminado começam no dia 24 de junho e 1° de julho, conforme decisão aprovada em assembleias estaduais. Em Mato Grosso do Sul, a categoria deve se reunir nos próximos dias para definir o calendários.

Os servidores da área ambiental já estavam com atividades de fiscalização e licenciamento, e outras operações de campo, suspensas desde janeiro, mas a greve deve estender a paralisação para todas as áreas, inclusive os serviços administrativos.

A primeira proposta de reestruturação da carreira foi apresentada pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) em outubro do ano passado, mas a primeira reunião com a pasta ocorreu apenas em 1º de fevereiro. As negociações esbarraram na última contraproposta apresentada pelo governo federal, em abril, encerrando os prazos para negociação.

Entre os impactos da paralisação parcial de seis meses, Ascema Nacional, aponta redução de 80% as operações de fiscalização de proteção da Amazônia, que depende de viagens de servidores, que não estão indo à campo. Já nas outras regiões do país a paralisação derrubou 60% das operações. O andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que dependem de licenciamento ambiental, e o aumento de incêndios florestais também são consequências apontadas.

Durante uma entrevista no podcast "Na Íntegra", ao Campo Grande News, a superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no MS, Joanice Lube Battilani, esclareceu que a greve não irá impedir os trabalhos de combate aos incêndios no Pantanal.

"Aqui em MS o coordenador tem dado continuidade ao trabalho. A gente espera que haja um acordo para que o servidor volte ao trabalho, mas o combate aos incêndios e contratação de brigadistas e toda logística operacional vai ser mantida mesmo com a posição de greve porque é considerado emergencial", disse.

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