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Cidades

Sem acordo, servidores ambientais ameaçam greve nacional por reajuste

Decisão sobre a Greve Geral da Área Ambiental Federal será tomada em assembleias estaduais na sexta-feira

Por Mylena Fraiha | 11/06/2024 17:49
Faixa colocada na sede do Ibama MS, na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, em protesto por melhorias salarias no ano passado (Foto: Arquivo pessoal)
Faixa colocada na sede do Ibama MS, na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, em protesto por melhorias salarias no ano passado (Foto: Arquivo pessoal)

Desde o começo do ano, servidores do Ibama e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) estão em negociação com o Governo Federal para o reajuste salarial, a reestruturação de suas carreiras e o aumento do quantitativo de funcionários.

A decisão sobre a Greve Geral da Área Ambiental Federal será tomada em assembleias estaduais na sexta-feira (14), o que pode resultar no início da paralisação a partir do dia 24 de junho de 2024.

De acordo com Vicente Mota de Souza Lima, um dos membros da direção do SINTSEP/MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal em Mato Grosso do Sul), a greve ainda está em construção, mas é bem provável que ela se concretize. “Há um indicativo forte para greve. Mas a decisão de iniciar uma greve depende das assembleias em cada estado e do posicionamento da Ascema Nacional.”

Vicente também explica que uma das reivindicações é o reajuste salarial dos técnicos e analistas. “Estamos descontentes porque há um distanciamento muito grande entre os técnicos e os analistas. Há um abismo salarial, sendo que ambos fazem o mesmo trabalho na prática. Também queremos equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e a revisão das gratificações de qualificações”, ressalta Vicente.

Durante uma entrevista no podcast "Na Íntegra", ao Campo Grande News, a superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no MS, Joanice Lube Battilani, esclareceu que a greve não irá impedir os trabalhos de combate aos incêndios no Pantanal.

Paralisação - Os servidores filiados ao SINTSEP/MS e em todo o país aproveitaram o Dia Mundial do Meio Ambiente, na última quarta-feira (5), para realizar uma paralisação nacional e entregar cargos de chefia.

O movimento, que já dura seis meses, conta com aproximadamente 600 servidores que assinaram uma carta de pedido de desligamento das funções de fiscalização. Na prática, isso retira esses servidores das atividades de fiscalização que exercem.

Até agora, os servidores tinham suspendido as atividades de campo, o que atrasa diversos licenciamentos de grandes obras no país. A proposta do Governo, no entanto, vem sendo rejeitada pelos servidores ambientais.

Entre os pontos mais criticados estão a manutenção e o aprofundamento das disparidades salariais entre cargos de diferentes níveis de escolaridade e a manutenção de diferenças salariais significativas na tabela de referência - a mesma que é estabelecida para os servidores da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Assista ao episódio completo de Na Íntegra clicando aqui.

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