Suspeita de integrar “Sintonia dos Gravatas”, advogada foi presa em resort
Inaiza Ferreira, 40, alvo do Gaeco, estava de férias em destino turístico famoso quando foi pega na sexta
Alvo da Operação “Courrier” por suspeita de integrar a “Sintonia dos Gravatas”, grupo de advogados a serviço do PCC (Primeiro Comando da Capital), Inaiza Herradon Ferreira, de 40 anos, foi presa em resort no interior de São Paulo.
A investigada tem residência em Jaraguari e escritório em Campo Grande, mas passava férias com a família em Olímpia (SP), conforme registrado pela Polícia Militar do estado vizinho na documentação sobre o cumprimento do mandado de prisão e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no pedido de transferência da advogada para Mato Grosso do Sul.
Segundo o registro da PM, a investigada foi encontrada em um dos quartos de hotel e de lá, foi levada, sem algemas, até o plantão da Delegacia de Polícia de Barretos (SP).
Neste domingo (27), o juiz Deni Luis Dalla Riva, do plantão judiciário, autorizou a remoção de Inaiza para o PME (Presídio Militar Estadual), no Complexo Penal de Campo Grande. O mesmo magistrado negou a substituição da prisão preventiva (por tempo indeterminado) por domiciliar, protocolada pelo próprio escritório da advogada no dia seguinte à prisão.
Depois de passar por Barretos, na sexta-feira (25), quando foi deflagrada a operação, Inaiza foi levada para delegacia em Bebedouro (SP). Ainda não há informações sobre a transferência de volta a Mato Grosso do Sul.
A operação – Na sexta-feira, Gaeco e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), além de policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) foram às ruas da Capital, Dourados, Jardim e Jaraguari para cumprir um total de 38 mandados judiciais.
Além das ordens de busca e apreensão e de prender 4 advogados - Inaiza, Paula Tatiane Monezzi, Thais de Oliveira Caciano e Bruno Ghizzi -, também eram alvos e foram levados para a prisão, o agente penitenciário Jonathas Wilson Moraes Cândido, o chefe do cartório da 1ª VEP (Vara de Execuções Penais) da Capital, Rodrigo Pereira da Silva, e Kamila Mendes de Souza.
Conforme divulgado pelo Gaeco, na força-tarefa, seis advogados são investigados pelo Gaeco por fazerem a “Sintonia dos Gravatas”, responsável por dar suporte ao PCC levando mensagens de presidiários para faccionados que atuam de fora da cadeia e vice-versa. Há ainda um servidor da Defensoria Pública supostamente envolvido no esquema.