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Cidades

Traficante é assassinado e carro incendiado na fronteira com Paraguai

Preso em condomínio de luxo em 2021, "Gringo González" foi executado em Pedro Juan Caballero

Por Caroline Maldonado e Helio de Freitas, de Dourados | 05/05/2024 15:13
Clemencio González, conhecido como "Gringo González" (Foto: Divulgação)
Clemencio González, conhecido como "Gringo González" (Foto: Divulgação)

Homens chegaram de carro a um condomínio de quitinetes em Pedro Juan Caballero, no Departamento de Amambay, na fronteira com Ponta Porão, em Mato Grosso do Sul, e mataram a tiros um homem identificado pela polícia paraguaia como Clemencio González, conhecido como "Gringo González".

Ele chegou a ser preso em 2021 em um condomínio de luxo como o traficante mais procurado do Paraguai, mas foi solto. "Gringo" atuava há pelo menos duas décadas na Linha Internacional e era acusado de vários crimes, entre os quais o sequestro e morte de Amado Felício Martinez, em 2004.

A polícia também o acusou de ter ameaçado mandar matar dez agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), que apreenderam meia tonelada de cocaína na fazenda dele em Pedro Juan Caballero, em dezembro de 2010.

Ele foi encontrado com mais de 70 tiros de fuzil sentado em um sofá. Um carro, que pode ter sido usado pelos pistoleiros, foi encontrado pela polícia incendiado logo após o homicídio no Bairro Operário.

Carro de "Gringo González" incendiado após execução (Foto: Divulgação)
Carro de "Gringo González" incendiado após execução (Foto: Divulgação)

O filho de Gringo Gonzales, Charles González Coronel foi morto no ano passado com 32 anos. O crime foi cometido por mais de quatro pistoleiros armados com fuzil e pistolas automáticas, que estavam em um caminhão Jeep branco.

Fontes da fronteira afirmam que, ao lado do corpo do filho ainda caído no asfalto, “Gringo” teria jurado vingança. Testemunhas relatam que ele chegou a passar o sangue de Charles no peito, sinal de que iria se vingar a qualquer preço. Meses depois, em outubro de 2023, no mesmo local, quatro homens foram assassinados com tiros na cabeça.

Eles foram identificados como Gabriel dos Santos Peralta, de 16 anos, Xilon Henrique Vieira da Silva, de 20, Luan Vinícius Cândia da Silva, de 17, e Jonas Wesley Morais Deterfam, de 18. A polícia suspeitava que os mortos poderiam ser os executores de Charles.

Xilon era de Marília e Jonas de Pompéia, ambas cidades do interior paulista. Luan era de Ponta Porã. Gabriel não portava documentos e foi identificado por investigadores da Polícia Civil.

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