Três têm prisão preventiva decretada por morte durante confronto na fronteira
Julio Pablo Taborga era funcionário da Prefeitura de Puerto Quijarro e morreu durante briga generalizada
Na madrugada desta terça-feira (25), foi realizada audiência cautelar e três homens tiveram a prisão preventiva decretada pela morte de Julio Pablo Taborga, durante confronto antes do fechamento da fronteira da Bolívia com Corumbá, a 428 km de Campo Grande.
O homem era funcionário da Prefeitura de Puerto Quijarro, onde a confusão aconteceu na noite de sexta-feira (21) em Puerto Quijarro (Bolívia). Ele morreu durante uma briga generalizada e os suspeitos foram presos no dia 23 de outubro.
Segundo o site Diário Corumbaense, buscas foram realizadas pelos homens no sábado e no domingo – dias 22 e 23 – os presos foram transferidos de avião para Santa Cruz de La Sierra.
A determinação da prisão preventiva tem validade de 120 dias e, tanto a decisão quanto a transferência são questionadas pela defesa que argumenta que nem o Ministério Público e nem a Polícia boliviana informaram sobre provas do envolvimento dos três na morte de Julio.
“Não há laudo de autópsia ou atestado médico forense, o único elemento material que o Ministério Público possui é uma certidão de óbito, que não cumpre as formalidades legais”, disse o advogado Martín Camacho.
Fronteira fechada - Desde a meia-noite do sábado, 22, diversas fronteira das Bolívia foram fechadas. A população exige a antecipação em um ano do censo demográfico marcado para 2024. O último levantamento foi realizado há mais de uma década, o que impacta na distribuição de recursos e de cadeiras no Congresso.
Contudo, a paralisação abriu divergência entre quem é a favor de manifestação e comerciantes que querem a fronteira aberta. Na noite de sexta-feira já havia bastante tumulto em Puerto Quijarro, que faz fronteira com Corumbá (MS).
Diante da divergência, houve confusão entre os que são a favor e os que são contrários ao protestos e Julio acabou sendo morto durante a briga generalizada.