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Cidades

Após denúncia, processo da "Las Vegas" será dividido

Redação | 29/05/2009 12:10

O processo da operação "Las Vegas", que denunciou 19 pessoas envolvidas na exploração de jogos de azar em cassinos de Campo Grande, deve ser dividido após o MPE (Ministério Público Estadual) apresentar denúncia.

Segundo o juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes da Silva, que decretou a prisão preventiva dos envolvidos, os processos contra os quatro militares ficarão com a auditoria, enquanto os demais serão remetidos as outras varas que atendem o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Desta forma, a auditoria permanecerá com os processos contra o major aposentado da PM (Polícia Militar), Sérgio Roberto de Carvalho, apontado como líder o esquema de jogatina, o capitão Paulo Roberto Xavier (gerente de logística e segurança da organização), Odilon Ferreira da Silva (auxiliar da gerente de um dos cassinos) e Marco Massaranduba (cabo da PM e que teria a função de auxiliar do capitão Paulo Roberto Teixeira).

De acordo com o juiz, os autos do processo estão sob sigilo, disponíveis apenas para justiça e advogados. Conforme o magistrado, as gravações contêm informações de natureza particular, portanto, é necessário separar somente o que corresponde às investigações.

Conforme o Gaeco, a organização criminosa funcionava há pelo menos três anos.

No último dia 20, foram presos Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto), Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no Bairro São Francisco), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização).

A lista de prisões também é composta por Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande), Jean Carlo Toro Padovani (técnico de informática e ajudante na distribuição de máquinas) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju).

Também foram expedidos mandados de prisão contra Marcelo Santana Vaz e Luís Marcelo Villalba Campista, que estão foragidos.

Na operação, foram apreendidos R$ 77 mil e mais US$ 1,7 mil, além de 97 máquinas caça-níqueis, 18 veículos, computadores, notebooks e uma aeronave, que era usada pelo major Carvalho no deslocamento entre Mato Grosso do Sul e a fronteira com a Bolívia, onde o major aposentado foi preso.

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