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Cidades

Autorizada desapropriação de 40 hectares para ampliação do Aeroporto

Fernando da Mata | 28/12/2011 10:23

Convênio assinado pelo Estado, Município e Infraero prevê a desapropriação e entrega à União de 1.381 hectares para obras

Fachada do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Fachada do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Pátio interno do Aeroporto Internacionaln de Campo Grande.
Pátio interno do Aeroporto Internacionaln de Campo Grande.

Decretos publicados hoje (28) no Diário Oficial do Estado autorizam a desapropriação de aproximadamente 40 hectares de terrenos para ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

As duas áreas que os decretos declaram de utilidade pública estão localizadas no bairro Nova Campo Grande. Com isso, a Procuradoria-Geral do Estado fica autorizada a adotar as providências necessárias à efetivação das desapropriações.

O convênio assinado pelo governo do Estado, a prefeitura de Campo Grande e a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) prevê a desapropriação e entrega à União de 1.381 hectares (já declaradas de utilidade pública) para as obras de ampliação do Aeroporto.

O decreto publicado no Diário Oficial não especifica se os 40 hectares autorizados hoje fazem parte do total previsto.

Ampliação - O projeto de engenharia prevê duas novas pistas, radar, melhoria no sistema de pistas e pátio de estacionamento de aeronaves, além da implantação do complexo logístico, recolocação do batalhão de combate e prevenção a incêndios do Corpo de Bombeiros e dos terminais de cargas e de passageiros, com objetivo de aumentar a capacidade para transporte de cargas do Aeroporto. Também será ampliada a capacidade do estacionamento de veículos.

Apesar dos problemas nos aeroportos, o fluxo de passageiros continua crescendo em todos os terminais do País. Em Campo Grande a procura pelo transporte aéreo também aumentou em proporção que exige, segundo a Infraero, ações emergenciais e planos de expansão de médio e longo prazos. Na verdade, Campo Grande terá um novo terminal de passageiros, com a ampliação do sítio aeroportuário.

Segundo o último levantamento, o fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional de Campo Grande aumentou 23,93%. No ano que vem, a previsão é de 1 milhão de passageiros partindo e chegando ao

Estado.

O governo do Estado quer atrair investimentos públicos e privados para construção de um porto seco na área de influência do Aeroporto Internacional. A proposta pode ser incluída no Plano Diretor, que em princípio prioriza o terminal de passageiros. As estatísticas do fluxo de passageiros coincidem com os balanços das companhias aéreas, que têm sido pressionadas a renovar suas frotas e estabelecer novas rotas.

De acordo com a Infraero, a operação do Aeroporto Internacional de Campo Grande é compartilhada com a Base Aérea de Campo Grande. O aeroporto possui duas pistas homologadas para pouso-decolagem. O aeroporto é um dos mais antigos do país. A pista principal foi iniciada em concreto de cimento em 1950, e concluída em 1953. O terminal de passageiros foi concluído em 1964. Em 1967 foram implantados os pátios de aeronaves civil e militar, em pavimentos rígidos, com o mesmo suporte da pista existente. Com o aumento da demanda da aviação comercial, foi necessária a ampliação do pátio civil (alargamento) 12 anos após a sua construção. A partir de 1975, o aeroporto passou a ser administrado pela Infraero.

O sítio aeroportuário tem extensão de 10.802.318,30 m². O pátio da aeronaves ocupa 36 mil metros quadrados e as pistas têm uma dimensão de 2.600 metros de comprimento por 45 metros de largura. A área física é de 6 mil m2. O estacionamento para aeronaves tem 25 posições. Já o estacionamento para veículos tem 280 vagas.

Os passageiros dispõem de vários serviços - Seção de Aviação Civil, Destacamento de Controle do Espaço Aéreo, Coordenação de Vigilância Sanitária, Polícia Federal, Receita Federal, caixas eletrônicos do BB, Bradesco, Itaú e CEF, além de agência dos Correios, lojas de artesanato, serviços de táxi, restaurante, cafeteria, balcões de companhias aéreas, alfândega, Vigilância Sanitária, Polícia Civil, Polícia Ambiental e Polícia Federal, além dos balcões das companhias de vôos domésticos e táxi aéreo.

Segundo o superintendente Roberto Santos do Nascimento, Campo Grande tem um aeroporto confortável. Além da Capital, os aeroportos de Corumbá (fronteira com a Bolívia) e Ponta Porã (fronteira com o Paraguai) são de categoria internacional e têm pista para pousos e decolagens de grandes aeronaves, tanto de passageiros quanto de cargas.

O custo estimado das obras, que devem começar em 2012, é de R$ 250 milhões. O projeto de expansão tem o objetivo de transformar o aeroporto em um centro de distribuição, exportação e importação de cargas. As obras vão dobrar o tamanho e a capacidade da unidade aeroportuária, que poderá atender até 2 milhões de passageiros/ano.

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