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Cidades

Caminhoneiros dizem que estão dentro da lei e vão manter paralisação

Mariana Rodrigues | 25/02/2015 14:09
Apenas em São Gabriel do Oeste a paralisação teve fim (Foto: Marcelo Calazans).
Apenas em São Gabriel do Oeste a paralisação teve fim (Foto: Marcelo Calazans).

Mesmo com a decisão da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, de multar em R$ 10 mil por cada hora de paralisação os caminhoneiros do Estado, a manifestação ainda continua nas rodovias. Apenas em São Gabriel do Oeste a paralisação teve fim.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos, Osni Belinati, os caminhoneiros de São Gabriel liberaram a via no horário de almoço, e foram orientados pelo próprio sindicato para manter a suspensão até que a Sefaz (Secretaria de Fazenda) se reúna com as transportadoras em uma reunião que está marcada para esta tarde (25).

Vias interditadas - Segundo a CCR MSVia, os trechos da MS 256, 270 em Dourados, e BR 163, trecho 466 em Campo Grande continuam interditados e o trânsito no local é lento.

Osni disse ainda que a categoria não está cometendo nenhum crime, pois todos os caminhões ficam nos acostamentos das vias. "Nós estamos acatando todas as ordens dadas pela PRF, não estamos descumprindo nenhuma norma passada por eles, então não temos o que temer", destacou.

Sobre a questão judicial, o presidente do sindicato disse que irá se defender. "Não queremos violência, estamos fazendo tudo de acordo com a lei, o que for decidido pelos caminhoneiros, o sindicato irá acatar e continuar dando apoio", disse.

"Só ficamos sabendo da decisão judicial pela imprensa, não fomos notificados ainda, até porque não estamos fazendo greve. O sindicato só está dando apoio logístico para os caminhoneiros que optaram pela paralisação", afirmou Osni.

Os caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto pela diminuição da pauta fiscal sobre o óleo diesel, que segundo eles, é um dos maiores problemas. Outras reivindicações são a redução do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), de 17% para 12%, a revogação da portaria do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que estabelece a obrigatoriedade na vistoria em veículos, além da revisão do valor cobrado atualmente pelo frete.

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