Falta alimentos em supermercados com protesto de caminhoneiros
Os comerciantes e consumidores já começam a sentir os efeitos da mobilização dos caminhoneiros, em Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande. Desde sábado (21), caminhoneiros bloqueiam rodovias de Mato Grosso do Sul em protesto pela diminuição da pauta fiscal sobre o óleo diesel.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o gerente comercial de uma rede de supermercados, Adélcio Daniel, diz que o principal prejuízo será na parte dos produtos perecíveis como frutas, verduras e legumes. Outro setor que será atingido é o de derivados de frangos e suínos. “Eles não conseguem sair das granjas e não chegando até os abatedouros, não saem para a distribuição”, pontua.
Mesmo com a falta de alguns produtos, o gerente afirma que os preços não serão alterados. “O mais importante é a compreensão dos consumidores até que o abastecimento seja normalizado”, destaca Adélcio. Ele acrescenta ainda que o problema enfrentado durante a paralisação são os saques, que são frequentes quando há muitos dias de paralisação comprometendo ainda mais a carga que já tinha destino certo.
De acordo com dados mais recentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), motoristas enfrentam dificuldades para atravessar 69 pontos de 24 rodovias federais, conforme foi publicado no site da Agência Brasil. Os estados mais prejudicados, são Santa Catarina, com 17 trechos bloqueados, o Rio Grande do Sul, com 15 pontos interditados, e Paraná, com 14 bloqueios. As rodovias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais tiveram aumento no número de interdições causadas pelos caminhoneiros.