"Conquistador" lucrou R$ 160 mil, mas perdeu vaga na PM por golpes
O suposto estelionatário Carlos Roberto Pereira Junior, 27 anos, já teria surrupiado ao menos R$ 160 mil de, pelo menos, outras quatro vítimas em Campo Grande, conforme consta em ações que ele responde na Justiça. Ele foi preso na noite desta quinta-feira (28), suspeito de aplicar golpe de R$ 2 mil em uma mulher de 30 anos, mas é processado por outras mulheres pelo mesmo crime.
Além disso, apesar de lucrar com os golpes, Junior perdeu uma vaga em um concurso da Polícia Militar por conta dos processos que responde na Justiça.
Em um dos casos, em 2014, uma mulher 36 anos denunciou Carlos à polícia, porque ele a teria enganado e feito com que ela depositasse cerca de R$ 56 mil na conta dele. Na época, a estratégia de convencimento do suposto estelionatário foi a mesma usada com a vítima recente.
Segundo a mulher, eles se conheceram por um aplicativo e depois de meses se relacionando com ele, apaixonada, ela foi convencida a fazer depósitos para o rapaz. Para conseguir dinheiro, o autor teria usado vários argumentos, entre eles, que iria pagar uma viagem para os dois a Porto Seguro, na Bahia.
Em outro caso, também em 2014, a vítima de 44 anos disse à polícia que Carlos “furtou” aproximadamente R$ 117 mil em objetos e dinheiro dela. Segundo a mulher, durante relacionamento amoroso que os dois mantiveram por cerca de 6 meses, Carlos pegou seus cartões e senhas e fez várias compras e transações para a conta dele.
O homem ainda teria usado uma moto e um carro comprado por ela. O carro, inclusive, Carlos levou para Ponta Porã, cidade onde morava na época, e se recusava a devolver.
Depois da denúncia da vítima, o veículo, um Hunday/Elantra, avaliado em R$ 89 mil, foi recuperado pela polícia e entregue à vítima.
Consta no processo, que ele também teria tido acesso a dados bancários de outras duas mulheres e transferido dinheiro para uma conta própria.
Apesar de lucrar com os golpes, em fevereiro de 2015, o estelionatário perdeu uma vaga em concurso da Polícia Militar, mesmo sendo aprovado. Ele foi considerado inapto para a vaga por apresentar “irregularidades em sua vida funcional”.
Príncipe – Em um dos processos, a vítima disse que no início do relacionamento Carlos se comportava como um “príncipe”. Conforme a denúncia, ele se dizia apaixonado e chegou a noivar com algumas das vítimas, jurando “amor eterno”.
Segundo relatos, depois de conseguir o que queria, dinheiro, joias e até veículos, Carlos mudava o comportamento e passava a “fugir” das vítimas.
Quando cobrado, ele prometia que iria “ressarcir” as vítimas, no entanto, os depósitos nunca eram realizados.