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Capital

“Foi a 1ª vez que ele foi brincar no córrego”, diz tia de criança afogada

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 20/01/2017 10:28
Dayne (de blusa azul) recebendo a notícia de que o corpo havia sido encontrado (Foto: André Bittar)
Dayne (de blusa azul) recebendo a notícia de que o corpo havia sido encontrado (Foto: André Bittar)
Momento em que a funerária chega para recolher o corpo da criança (Foto: André Bittar)
Momento em que a funerária chega para recolher o corpo da criança (Foto: André Bittar)
Delegado Cláudio conversando com os bombeiros que fizeram o resgate (Foto: André Bittar)
Delegado Cláudio conversando com os bombeiros que fizeram o resgate (Foto: André Bittar)

Abalada com a morte precoce do menino Cauã Christofer Bezerra Gonçalves, 12 anos, a tia Dayane Rodrigues, 30 anos, afirma que ontem foi a primeira vez que o sobrinho foi brincar com os amigos no Córrego Imbirussu, no Jardim Sayonara, região Oeste de Campo Grande.

A criança, que morreu afogada, sumiu por volta das 15h20 de ontem (19) enquanto nadava com dois primos. A família relatou aos bombeiros, que é muito comum crianças brincarem no córrego, porém era a primeira vez que Cauã tinha ido ao local, afirma a tia. “O pai e a mãe não têm culpa. Foi uma fatalidade. Infelizmente aconteceu”, lamenta.

O corpo da criança foi encontrado por volta das 7h30 desta sexta-feira (20), preso a um banco de areia, a 2,5 quilômetros do local do acidente. “Ontem foi difícil de fazer as buscas porque o nível da água estava muito acima do normal. A região é de mata fechada, o que dificultou um pouco as buscas”, explica o coronel do Corpo de Bombeiros, Robson Moreira. No leito do córrego, há muitos galhos e paus.

Conforme o delegado Cláudio Zotto, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, será instaurado inquérito para apurar o que realmente aconteceu. Quanto se alguém pode ser responsabilizado pela morte do menino, a autoridade policial explica que fica difícil falar em responsabilidade, porque ninguém quer perder um ente querido.

“Os pais da criança passaram mal e foram hospitalizados”, diz Cláudio. O corpo de Cauã foi levado para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) e até o começo da tarde deve ser liberado para a família fazer o velório.

Triste com a notícia, Vera Lúcia Bezerra, avó do garoto, contou que Cauã tinha mais duas irmãs e morava apenas com o pai, que é divorciado da mãe. “Ele havia ido brincar com os primos. Tristeza. Estou com o coração quebrado”. 

Tragédia - O menino foi arrastado por volta das 16h de quinta-feira, um pouco antes de forte chuva atingir a região. Ontem, o pedreiro Rodrigo Ricaldes Flores, 34 anos, contou à equipe de reportagem, que jogava futebol com o sobrinho em frente a casa da irmã, quando foi chamado para socorrer os meninos. Dois garotos conseguiram se salvar, mas Cauã foi levado pela correnteza. 

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