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Capital

"Má gestão" de recursos do SUS é problema em hospital, diz secretário

Ricardo Campos Jr. e Filipe Prado | 18/04/2015 11:00
Secretário reclama da gestão de recursos na Santa Casa (Foto: Alcides Neto/arquivo)
Secretário reclama da gestão de recursos na Santa Casa (Foto: Alcides Neto/arquivo)

Problemas de verbas relacionados ao atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na Santa Casa de Campo Grande são fruto da má gestão dos recursos recebidos pela unidade, na opinião do secretário municipal de Infraestrutura, Valtemir Alves de Brito. O contrato com o município venceu no último dia 7 e negociações têm sido feitas no intuito de garantir a prestação de serviços.

O MPE (Ministério Público Estadual) interveio e abriu inquérito questionando o motivo na interrupção do envio de verbas, que no entendimento da promotoria irá prejudicar a população.

Valtemir reclama dos pedidos do hospital em aumentar o repasse. “Nada é suficiente”, opina. Para ele, a diretoria precisa começar a enfrentar os problemas dentro dos recursos disponíveis.

O secretário não quis comentar as negociações do repasse que estão sendo feitas junto à maior unidade de saúde de Mato Grosso do Sul.

Débitos - A situação financeira do hospital foi um grande problema em 2014. A dívida chegou a passar dos R$ 40 milhões. A partir de dezembro, segundo o superintente da unidade, Roberto Madid, a instituição voltou a respirar. As contas foram pagas por meio de empréstimos viabilizados pelo poder público e o hospital tem conseguido bancar as parcelas desses financiamentos.

No entanto, o balanço da Santa Casa ainda continuou no vermelho. O gestor conta que na época em que assumiu a superintendência, faltava R$ 4 milhões por mês para equilibrar receitas e despesas. No final do ano, um acordo com a prefeitura garantiu a cobertura de parte desse dinheiro com aumento no repasse mensal para R$ 3 milhões.

Existia a promessa de equalizar de vez essa falta quando o contrato fosse renovado este mês, com o complemento do R$ 1 milhão que faltava.

Porém, o que era visto pelo hospital como a “luz no fim do túnel” acabou se transformando em transtorno quando a administração pública anunciou não apenas que deixaria de aumentar a verba como só tinha condições de bancar R$ 1,5 milhão por mês, ou seja, reduzindo a quantia entregue à unidade.

A expectativa do município era de que metade, ou seja, a outra parcela de R$ 1,5 milhão fosse custeada pelo governo. Porém, a administração estadual nem cogita arcar com o montante para custeio.

De acordo com o superintendente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Virgílio Gonçalves, o próximo passo será redesenhar a distribuição dos pacientes na rede pública.

“A ideia é contratar da Santa Casa os serviços que são prioritários. Vez que alguns serviços podem ser atendidos em outras unidades. Agora o desafio é identificarmos quais as atividades que a Santa Casa pode passar para outros prestadores com um custo menor ou para a rede própria. Temos estudos, algumas sugestões que vão ser discutidas na quarta-feira”, afirma.

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