"Trouxe paz", diz viúva de motorista de aplicativo sobre prisão de assassino
Denúncia anônima levou policiais do Batalhão de Choque a prender Igor, foragido da Justiça, no Jardim Carioca
"Eu sou muito grata aos policiais. A prisão dele me trouxe alívio e paz", disse Karinne Pereira Baron, 25 anos, depois da prisão de Igor César de Lima Oliveira, assassino confesso do seu marido, Rafael Baron, 24 anos, que trabalhava como motorista de aplicativo e foi morto a tiros no dia 13 de maio do ano passado ao fazer três perguntas.
"Espero que a Justiça seja feita. Que ele seja condenado, pague o que deve e cumpra por bastante tempo a pena. Com ele solto, meu sentimento era de impunidade, tristeza. Era como se a vida de Rafael não tivesse valor. Até hoje sofro de depressão e ansiedade", disse Karinne, por telefone, em entrevista à reportagem.
Equipe do Batalhão de Choque chegou até Igor depois de receber denúncia anônima informando que o autor estava morando no Jardim Carioca. No local, o rapaz recebeu voz de prisão e foi levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, na noite de ontem (9).
Apesar da Brutalidade, Igor não havia sido preso pelo crime de homicídio e passou a ser considerado foragido no dia 22 de outubro do ano passado. A prisão dele foi pedida apenas no dia 24, 164 dias depois da morte de Rafael.
Assassinato - Rafael foi morto com dois tiros, no dia 13 de maio, após buscar Igor e a mulher dele na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e deixar os dois no Condomínio Reinaldo Buzanelli II, no Jardim Campo Nobre. Igor César estava foragido do sistema prisional quando matou a vítima por ciúmes da mulher. Ele se apresentou à polícia três dias depois de matar Rafael e confessou o crime. Na versão dele, ficou irritado porque o motorista teria dito para a mulher, que estava no banco de trás: “Esse friozinho é bom para fazer amorzinho”.
Porém, como era foragido, Igor foi preso pelo mandado de prisão em aberto e meses depois foi para o regime aberto graças à sequência de erros, desde o fechamento do inquérito. Nem Polícia Civil, nem Ministério Público solicitaram prisão pelo homicídio e ele acabou beneficiado após cumprir pena por outro crime. Desde, então, quando o caso veio à tona, Igor estava foragido.