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Capital

À polícia, agressora confirma tortura física e psicológica contra adolescente

Duas das três agressoras ainda não foram localizadas pela polícia

Kerolyn Araújo e Guilherme Henri | 09/01/2019 16:20
Vítima passou aproximadamente duas horas sendo torturada por trio. (Foto: Direto das Ruas)
Vítima passou aproximadamente duas horas sendo torturada por trio. (Foto: Direto das Ruas)

Uma das agressoras da adolescente de 16 anos que apanhou de três meninas na última segunda-feira (7), no bairro Guanandi, em Campo Grande, confirmou à polícia tortura física e psicologicamente contra a vítima.

Em depoimento na tarde desta quarta-feira (9) na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), a garota de 17 anos confirmou a versão contada pela vítima sobre as agressões. Ela relatou que não gostava da adolescente e, por isso, junto com as outras duas envolvidas, de 17 e 18 anos, resolveu armar uma emboscada.

Segundo relatos à polícia, além da tortura física, o trio também torturou psicologicamente a vítima. ''Depois de apanhar bastante, a menina foi obrigada a prometer que não se envolveria mais com o ex-namorado da agressora de 18 anos", disse o delegado Fábio Sampaio, responsável pelas investigações.

Além da agressora de 17 anos, a polícia também ouviu nesta tarde a irmã da vítima e duas adolescentes que participavam do grupo de WhatsApp onde as agressões foram divulgadas.

Buscas - Conforme o delegado, as outras duas agressoras ainda não foram localizadas. ''Estão fugindo da polícia", disse.

Caso não seja localizada, o delegado poderá pedir pela internação da adolescente de 17 anos em uma Unei (Unidade Educacional de Internação) e será considerada foragida.

Investigações - A polícia, agora, busca entender a participação de cada uma das meninas na tortura, inclusive das mulheres que participavam do grupo no WhatsApp.

O caso - Por volta das 18h de segunda-feira (7) a adolescente recebeu uma mensagem no celular de uma amiga a chamando para tomar tereré.

Ao aceitar o convite, a colega de 17 anos, chamou um motorista de aplicativo, porém o destino era uma casa no Guanandi. No local, ela sofreu uma série de torturas que durou aproximadamente duas horas.

As agressões só foram interrompidas quando a irmã da vítima, de 24 anos, começou a receber no celular prints da live que mostravam sua irmã sendo agredida. A adolescente então foi obrigada a tomar banho e a colocar gelo nos hematomas do rosto. Depois foi liberada pelas suspeitas.

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