Abelhas atacam moradores, ciclista é socorrido e bombeiros isolam rua
Segundo testemunhas, homem estaria no bairro para reencontrar ex-namorada que não via há 17 anos
Três pessoas foram atacadas por abelhas do tipo chamado de Europa na Vila Kellen, na região da Coophavilla 2 – sudoeste de Campo Grande. Um ciclista que passava pela Rua dos Camarões foi o mais agredido pelo enxame e precisou de socorro do Corpo de Bombeiros.
Uma equipe dos bombeiros fez o transporte do ferido e outra foi acionada para isolar a área. A passagem de uma patrola teria irritados as abelhas. O ataque aconteceu no fim da manhã desta segunda-feira (21).
Dois funcionário de empresa terceirizada da Prefeitura de Campo Grande, que trabalhavam no cascalhamento da rua não pavimentada ficaram feridos.
O ciclista ficou ferido na cabeça, segundo os bombeiros, porque caiu da bicicleta. Ele saiu correndo em desespero e gritando por socorro.
Foi quando o barman Kelvin Reverson Siqueira Espíndola, de 23 anos, abriu a porta de casa e o homem entrou correndo. “Ele estava com a boca espumando e chamava por uma Raquel”, contou.
Kelvin levou a vítima do ataque para o banheiro, ligou o chuveiro e tirou a camisa dele. “Saíram várias abelhas de dentro da camiseta dele”.
Ao mesmo tempo, a mulher de Kelvin, Letícia Correia, 23 anos, trancou os filhos em um quarto e correu para a casa da mãe, na mesma quadra, para pegar um telefone emprestado e pedir socorro.
Foi ela quem ligou para os bombeiros.
O casal descobriu depois que Raquel também é moradora da rua. Vizinhos disseram que ela contou aos bombeiros que o ciclista é um ex-namorado que estava no bairro para revê-la, 17 anos depois do término.
No momento que a reportagem chegou ao local do ataque, ela já não estava mais em casa e a equipe dos bombeiros que trabalhava no isolamento da área não soube informar se ela foi levada na ambulância como acompanhante do ferido.
O ciclista foi transportado até o CRS (Centro Regional de Saúde) da Coophavilla 2.
Controle do ataque – Para acalmar as abelhas, bombeiros usaram um equipamento que solta fumaça, emprestado de um apicultor que também mora próximo à colmeia, em um poste de energia na Rua dos Camarões.
O buraco por onde elas saem seria tapado para que as abelhas morressem dentro da colmeia com a falta de oxigênio. Um dos militares também explicou que se elas encontrassem outra saída, seria na parte mais alta do poste, o que não representaria risco para a população.
O ataque “em massa” acontece porque quando uma das abelhas se sente ameaçada ferroa uma pessoa e morre, ela libera ferormônios que atraem um exército para defender a colmeia da suposta agressão. Neste caso, a vibração no solo causado pela patrola teria desencadeado o ataque.
Muito assustados, moradores também acederam fogueiras nos quintais para se protegerem das abelhas que ainda voavam desorientadas.