Acusada de trair o PCC, mulher é sequestrada e foge de cativeiro
Vítima foi acusada de sair do PCC (Primeiro Comando da Capital) para entrar no CV (Comando Vermelho), facção rival
Mulher de 35 anos, ex-integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi acusada de trair a facção e mantida em cárcere em uma casa no Bairro Santa Mônica, em Campo Grande. Ela seria morta, mas conseguiu fugir do cativeiro.
À polícia, a vítima contou que fez parte do PCC, mas que se desligou da facção em 2016. Na noite da última terça-feira (25), quando estava em Sonora, cidade distante a 364 quilômetros de Campo Grande, recebeu a ligação da suspeita, de 33 anos, a convidando para morar na Capital.
Segundo a ocorrência, a vítima relatou que chegou na casa da suspeita por volta das 19h de quarta-feira (26). No local, elas consumiram bebida alcoólica e usaram maconha e cocaína.
Na manhã de quinta-feira (27), oito homens e uma mulher chegaram na casa. A vítima foi rendida, colocada sentada numa cadeira e acusada de trair a facção e entrar no CV (Comando Vermelho), grupo rival.
A dona da casa agrediu a vítima com socos e chutes, e disse que estava aguardando um carro para levá-la para a "cantoneira", onde seria executada. No final da manhã do dia 29, em um momento de descuido, a mulher conseguiu fugir e pediu ajuda na região.
A Polícia Militar foi acionada e, na casa da suspeita, nada de ilegal foi encontrado. Aos militares, ela negou que tivesse mantido a vítima em cárcere e que, depois de ingerir bebida alcoólica, a mulher teria começado a acusá-la de fazer parte do PCC.
A suspeita, já monitorada por tornozeleira eletrônica por tráfico de drogas, foi presa e levada para a 7ª Delegacia de Polícia Civil.