Acusado de atirar em empresário levava vida normal sem levantar suspeita
Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, apontado pela Polícia como o responsável pelo tiro que matou o empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, na terça-feira (1º) da semana passada, mantinha um perfil na rede social Facebook que não levantava qualquer suspeita que ele poderia cometer um crime tão bárbaro. Nas fotos ele aparece com amigos em reuniões sociais, em balneários e festas, como um jovem sem envolvimento no mundo do crime.
O que mais chama a atenção dos usuários que visitam a página inconformados com a morte do empresário, é que em diversos fotos, Thiago exibe um veiculo VW Golf de cor ouro, semelhante ao que foi roubado de Erlon. Em uma das fotos, o acusado aparece lavando o carro, e em outra deixa o seguinte comentário: “Pronto já lavei agora e só dar hum role neh :):):):)”.
Policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos de Roubos de Veículos) investigam se esse mesmo veículo foi utilizado no latrocínio de um ganhador do prêmio de R$ 10 mil de um título de capitalização, em fevereiro deste ano, cometido pela mesma quadrilha que matou Erlon.
Na manhã de hoje (9), os quatro envolvidos no assassinato do empresário foram apresentados à imprensa. São eles, Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, que trabalha em uma fábrica de refrigerantes na saída para São Paulo, o pedreiro Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos, Rafael Diogo, conhecido como “Tartaruga”, de 21 anos, empregado de uma lavanderia de hospital, e o funileiro Athaíde Pereira, de 50 anos, que pintou o veículo de Erlon na cor branca, em sua funilaria no bairro São Conrado. A adolescente de 17 anos, dona da casa onde o corpo foi encontrado, não foi apresentada, mas está apreendida em uma instituição para menores infratores da Capital.
Durante a apresentação, Tiago Ribeiro demonstrou arrependimento, chegou a chorar e pediu perdão à família da vítima.Estou arrependido de ter me metido nesse rolo. Peço perdão aos meus parentes, a família dele e aos meus amigos”, disse.
A participação de cada integrante do grupo no crime ainda depende de laudos periciais que devem ficar prontos esta semana. Em razão disso, a delegada Maria de Lourdes Cano afirma que na próxima semana será marcada uma nova coletiva para explicar a ação de cada suspeito.