Agentes de saúde alegam desconto em salário e protestam na Prefeitura
Manifestação foi rápida e teve objetivo de pedir estrutura nos postos de saúde, para atender exigências
Pelo menos 480 agentes comunitários de saúde protestaram na frente da Prefeitura de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, nesta terça-feira (dia 29). A alegação é de que a categoria teve R$ 500 descontados das remunerações mensais, desde novembro, por não preencherem um formulário com informações de trabalho.
Segundo o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, desde o fim de 2018, o governo federal estipulou o preenchimento de dados por meio do “E-SUS”. Contudo, a falta de estrutura de computador, papel, impressora, nos postos de saúde, de acordo com o dirigente, impediu o cumprimento da medida.
Antes desta exigência, os profissionais tinham de preencher sistema semelhante, só que vinculado ao Governo do Estado, o “E-Agente”, considerado menos complexo. O presidente do sindicato também afirma que os profissionais não foram capacitados para mexer no sistema do governo federal. Por não preencherem, parte do salário ligado à exigência foi cortado, alegam.
O protesto durou entre 10 e 15 minutos, justamente porque os agentes usaram o horário de almoço, por isso, não conseguiram falar com nenhuma autoridade da Prefeitura de Campo Grande. Eles prometem voltar em 12 de fevereiro, caso não obtenham respostas do Executivo municipal sobre a capacitação ao sistema e também estrutura nas unidades de saúde.
Os agentes são vinculados à Prefeitura de Campo Grande, mas também recebem verbas complementares ligadas aos governos estadual e federal. Segundo o Ministério da Saúde, o “E-SUS Atenção Básica de Saúde” é uma estratégia para reestruturar as informações do setor em nível nacional.