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Capital

Além de Jamil Name, TJ mantém mais oito integrantes de milícia presos

Assim como o empresário Jamil Name, os acusados tiveram os pedidos de liberdade julgados nesta terça-feira

Geisy Garnes | 26/11/2019 18:12
Advogado Márcio Souza de Almeida durante sua fala na sessão da 2ª Câmara Criminal (Foto: Geisy Garnes)
Advogado Márcio Souza de Almeida durante sua fala na sessão da 2ª Câmara Criminal (Foto: Geisy Garnes)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve a prisão preventiva de oito investigados pela Operação Omertà nesta terça-fera (26). Assim como o empresário Jamil Name, de 80 anos, apontado como líder do grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul, os acusados tiveram os pedidos de liberdade julgados pelos desembargadores da 1ª Câmara Criminal na tarde desta terça-feira (26).

Na lista de réus que permanecem presos, estão os quatro guardas municipais afastados Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro, Alcinei Arantes da Silva e Eronaldo Vieira da Silva. Nesta tarde, o advogado Márcio Souza de Almeida, responsável pela defesa dos quatro, fez sustentação oral na Corte e  pediu a liberdade dos clientes afirmando que toda a investigação é baseada em depoimentos obtidos através de tortura.

Aos desembargadores, alegou que a operação aconteceu somente após o flagrante de Marcelo Rios, preso em 19 de maio com armas de guerra, e do depoimento da esposa dele. Segundo Márcio Souza, todos os indícios que sustentam as prisões saíram do relato feito pela mulher, que em uma ligação feita ao investigado Rafael Carmo confessou ter sido torturada.

Na ligação, conta o advogado, a mulher relatou que ficou uma semana na delegacia junto com os dois filhos, que foram colocados dentro da cela do pai, e submetidos a tortura, com afirmações de que o guarda iria “morrer”. “Gostaria que trouxesse um indício que não saiu do depoimento dela. Testemunha vitimada por tortura e pior, tortura de crianças”, afirmou.

Ao julgar o recurso, os desembargadores Waldir Marques, Ruy Celso Barbosa Florence e José Ale Ahmad Netto, afirmaram que não poder analisar o pedido enquanto o juiz da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, vara de origem do processo, não se posicionar sobre o habeas corpus.

Já os outros quatro investigados – Luís Fernando da Fonseca, Euzébio de Jesus Araújo, e os policiais civis Elvis Elir Camargo Lima e Frederico Maldonado Arruda – tiveram o pedido de liberdade negados por unanimidade.

Jamil Name, apontado como chefe do grupo responsável por pelo menos quatro execuções em Campo Grande de junho do ano passado e abril deste ano, também teve habeas corpus negado nesta tarde e por isso permanece na Penitenciária Federal de Mossoró, mesma unidade em que estão o filho dele, Jamil Name Filho, de 42 anos, e os policiais civis Márcio Cavalcanti, 63 anos, conhecido como Corno, e Vladenilson Olmedo, o “Vlad”, 60 anos.

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