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Capital

Além de morte, racha deixou prejuízo de 100 mil a comerciante; veja o vídeo

Nadyenka Castro e Viviane Oliveira | 13/06/2011 14:45

Polícia procura por segundo veículo

Além da morte da merendeira Seila Maria Oliveira Alfonso, 55 anos, e de três feridos, o racha entre dois veículos na avenida Interlagos, em Campo Grande, na noite de sábado, causou também prejuízos ao comerciante Jorge Caldas Feitosa Filho. No asfalto ficaram marcas de freada.

Para quem sempre passa pela avenida é preciso mais sinalização, redutores de velocidade e estar sempre atento ao movimento.

Jorge é dono da loja de baterias onde a Caravan colidiu. Para consertar os danos ele terá que desembolsar pelo menos R$ 100 mil.

Enquanto o comerciante busca alternativas para reduzir suas perdas, a Polícia procura pelo Chevete, e seus ocupantes, que fazia o racha com a Caravan. A investigação sobre o caso, que ainda está com a Depac/Piratininga, será de responsabilidade da 4ª Delegacia de Polícia Civil, que fica nas Moreninhas.

Na disputa com o Chevete, a Caravan conduzida por Emerson Gonçalves Bureman, 22 anos, bateu na motocicleta pilotada por Tony Vilmar dos Santos Oliveira, de 47 anos, namorado de Seila, e foi parar na revenda de baterias para veículos.

Com o impacto, o alarme do comércio disparou e o proprietário foi chamado para ir ao local pela empresa de segurança. Ao chegar, se deparou com a cena que imaginou que nunca iria ver. “Foi muito feio. Nunca pensei que iria presenciar uma situação dessa. Estava o corpo da mulher no asfalto”, conta.

Enquanto danos não são consertados, comerciante coloca troncos de madeira. (Foto: Marcelo Victor)
Enquanto danos não são consertados, comerciante coloca troncos de madeira. (Foto: Marcelo Victor)
Impacto com a loja deixou rachaduras nas paredes, conforme Jorge mostra. (Foto: Marcelo Victor)
Impacto com a loja deixou rachaduras nas paredes, conforme Jorge mostra. (Foto: Marcelo Victor)

Jorge registrou em vídeo as cenas que testemunhou e também como ficou seu imóvel. Para consertar todo o estrago Jorge terá que gastar pelo menos R$ 100 mil, conforme avaliação feita por um engenheiro a pedido dele.

Devido à batida, a estrutura do sobrado foi danificada, há rachaduras pelo lado de dentro do imóvel e será preciso trocar tubulações, laje, piso e cobertura.

“Agora, vendo isso, você imagina a velocidade. Para ter acontecido isso deveria estar correndo muito”, diz Jorge ao mostrar os danos. De acordo com ele, um amigo do motorista da Caravan foi à loja nesse domingo e afirmou que Emerson fazia racha com o Chevete.

Para manter o prédio em pé até que a reforma seja concluída, Jorge e o engenheiro colocaram estrutura metálica e troncos de madeira na vertical. “Se não colocasse iria desabar”, desabafa. E para continuar com as vendas ele irá abrir uma porta na rua lateral. “Quem passa por aqui vai achar que não estamos funcionando”.

Sinalização - Professor de tênis no Rádio Clube Campo, Ilton Costa, 36 anos, diz que é preciso mais sinalização e redutores de velocidade na avenida pela qual ele testemunha veículos trafegarem em alta velocidade. “De manhã não passam a menos de 90Km/h”, diz.

Professor de tênis mostra avenida onde veículos trafegam em alta velocidade. (Foto: Marcelo Victor)
Professor de tênis mostra avenida onde veículos trafegam em alta velocidade. (Foto: Marcelo Victor)

Ele lembra que o único redutor de velocidade é um radar que fica próximo à rotatória, por onde a Caravan passou e poucos metros depois colidiu na moto e no imóvel. Segundo Ilton, este não é o primeiro acidente grave na avenida. “Teve motoqueiro que perdeu as duas pernas, carro que passou por cima de pedestre”, conta.

Atenção - Alivia Souza Costa, 65 anos, passa todos os dias pela avenida conduzindo sua bicicleta. Ela fala que trafega por lá porque é “obrigada”.

Para evitar acidente, ela segue algumas ‘regras’. “Ando sempre pertinho do meio-fio e com muito receio”.

O acidente- Seila morreu no local do acidente. O namorado dela ficou em estado grave, assim como o motorista do carro de passeio. Eles estão na Santa Casa.

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