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Capital

Aluno de 9 anos é suspeito de incendiar escola no Jardim Itamaracá

Rafael Ribeiro e Yarima Mecchi | 22/05/2017 12:58
Salas foram adaptadas em escola para não interromper ano letivo de 120 alunos prejudicados (Foto: Yarima Mecchi)
Salas foram adaptadas em escola para não interromper ano letivo de 120 alunos prejudicados (Foto: Yarima Mecchi)

Um aluno de 9 anos é o principal suspeito da Polícia Civil e da Semed (Secretaria Municipal de Educação) de ter incendiado a Escola Municipal Antônio José Paniago, no Jardim Itamaracá, região sul de Campo Grande, no último dia 26 de março.

A informação é de investigadores e pessoas da Pastas. Apesar de oficialmente o inquérito sobre o caso não ter sido concluído, o Campo Grande News apurou que a criança contou com a ajuda de um colega, que não teve a identidade revelada, para cometer o ato.

As investigações avançaram após laudo dos Bombeiros apontar que o incêndio no local foi causado por “agentes externos.”

“A informação é de que os pais da criança já teriam sido acionados e uma série de reuniões foi feita para tratar da questão”, disse um policial, que não quis se identificar. Segundo ele, maiores informações sobre as motivações da criança só seriam dadas após a conclusão do inquérito.


O andamento das investigações mostrou versão diferente das primeiras suspeitas, de que as chamas teriam sido iniciadas com um curto-circuito após pane do sistema elétrico do prédio.

Além disso, outros alunos e pais teriam dado informações que apontaram a nova diretriz das apurações.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura disse que responderia o Campo Grande News no decorrer da tarde.

O caso – Cerca de 150 alunos foram prejudicados com as três salas que ficaram destruídas com o incêndio na ocasião.

Segundo a direção da escola, salas foram adaptadas para que os alunos prejudicados pudessem seguir o cronograma do calendário escolar. A área atingida pelas chamas segue em reforma.


Os locais atingidos ficam na área externa da escola e foram construídos há cerca de dez anos em programa de aumento do número de vagas para atender a demanda feita na ocasião pela Prefeitura.


As três salas são de estrutura metálica, revestidas de isopor e madeira. Segundo a diretora, todo o material guardado nas salas ficou destruído, como material escolar e didático.


Duas das salas incendiadas recebiam 50 alunos somados de pré-escola nos dois períodos, enquanto uma delas recebia 25 do segundo ano do Ensino Fundamental durante a manhã e mesma quantidade do nono ano à tarde.


A secretária municipal da Educação, Ilza Mateus de Souza, foi à escola na ocasião e destacou que a Prefeitura já iniciou as consultas ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para obter as verbas necessárias para as reformas.


“A Secretaria Municipal de Obras também está nos ajudando no que for preciso e devemos providenciar os tapumes para isolar os locais incendiados o quanto antes”, disse a responsável pela Pasta.


O prejuízo da Prefeitura com as salas destruídas não foi revelado na ocasião. Mais de 70 cadeiras e quase 40 cadeiras foram perdidos no incêndio. Ventiladores de teto, aparelhos de ar-condicionado e cinco armários também foram afetados.

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