Em principal destino turístico de MS, MP investiga crimes ambientais
Foram publicados no Diário Oficial do MPMS quatro inquéritos civis que apuram desmatamentos em Bonito
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu seis inquéritos civis que investigam crimes ambientais em Bonito, principal destino turístico do Estado. Desses, quatro apuram desmatamentos sem autorização.
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga crimes ambientais em Bonito, principal destino turístico do estado. Seis inquéritos civis foram abertos, quatro deles por desmatamento sem autorização. Na Fazenda Estrela Dalva, uma multa de R$ 32.400 foi aplicada por destruição de vegetação nativa e uso de fogo sem permissão. Na Fazenda Água Boa, danos a uma Área de Preservação Permanente (APP) foram constatados, resultando em multa de R$ 25 mil. Na Fazenda Santa Cruz, exploração irregular de mata nativa levou a uma multa de R$ 11.900. Uma estrada aberta sem licença na Fazenda Bonito resultou em multa de R$ 5 mil. As ações destacam a importância da preservação ambiental na região.
Em um dos inquéritos instaurados, o MPMS multou o responsável pela Fazenda Estrela Dalva, em Bonito, em R$ 32.400 por danificar vegetação nativa e usar fogo em áreas agropastoris sem autorização do órgão competente. A fiscalização da PMA (Polícia Militar Ambiental) foi feita no dia 20 de novembro de 2024.
Na ocasião, militares patrulhavam a Operação Piracema quando avistaram uma pá carregadeira destruindo a vegetação nativa às margens do Córrego Coqueiro. Ao entrarem na propriedade, verificaram uma área onde houve corte de árvores nativas isoladas para fins agrícolas, além do uso de máquinas para abertura do solo.
No total, 36 hectares foram atingidos, com diversos focos de fogo. Na época, a queima controlada estava suspensa pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) devido ao aumento dos incêndios no Pantanal.
Em outro caso, ocorrido em novembro de 2024, imagens de satélite apontaram danos a uma APP (Área de Preservação Permanente) na Fazenda Água Boa. Uma equipe da PMA esteve no local e constatou que a mata ciliar do Córrego Olaria não estava isolada por cerca, permitindo o acesso do gado e causando degradação da área protegida.
Os policiais também identificaram a construção de uma cerca dentro do córrego e multaram o proprietário em R$ 25 mil.
Já na Fazenda Santa Cruz, o uso de drones revelou a exploração irregular de 22,5 hectares de mata nativa. Durante vistoria na propriedade rural, foi verificada a supressão de vegetação em APP, comprometendo a estabilidade do solo e aumentando o risco de deslizamentos e assoreamento do curso d’água. O dono da fazenda admitiu não ter autorização para a ação e foi multado em R$ 11.900.
Outro inquérito apura a abertura de uma estrada sem licença na Fazenda Bonito. A Polícia Militar Ambiental ressalta que qualquer movimentação de terra na bacia do Rio Formoso exige um Projeto Técnico de Manejo e Conservação de Solo e Água, conforme o Decreto Estadual n° 15.197/2019. Como a estrada foi construída para uso interno sem autorização dos órgãos ambientais, o proprietário foi multado em R$ 5 mil.
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