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Capital

Ambulante morre duas horas após alta em UPA e família fala em negligência

Ricardo Campos Jr. | 23/08/2015 21:42
Família do jovem acusa médico da unidade de negligência, após morte. (Foto: Arquivo Pessoal)
Família do jovem acusa médico da unidade de negligência, após morte. (Foto: Arquivo Pessoal)

A família do vendedor ambulante Laudelino de Souza Mamedes, 29 anos, acionou a polícia depois que ele morreu horas depois de receber alta médica na UPA Vila Almeida na quinta-feira (20). Parentes afirmam que o médico que atendeu o paciente sequer esperou o resultado do exame que mais tarde viria a confirmar problemas cardíacos, o que levanta a suspeita de negligência.

Cléria Souza Lima é prima da vítima. Ela conta que Laudelino deu entrada na unidade reclamando de falta de ar. Liberado, chegou em casa ainda com dificuldades para respirar e com as mãos geladas. Duas horas depois, passou mal novamente.

Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada e os socorristas tentaram reanimá-lo, mas era tarde demais.

“Infelizmente não conseguiram salvar a vida dele. Agora fica a dúvida se tivesse sido encaminhado para algum hospital poderia até ter vindo a óbito, mas saberíamos que foi socorrido com todos os equipamentos disponíveis e o sofrimento da família não seria tanto”, exclama.

Laudelino deixa duas filhas, uma de três anos e outra com apenas 45 dias de vida. “E agora, como fica a família dele?”, questiona Cléria.

Conforme a prima da vítima, o exame aponta ataque cardíaco e os parentes ainda tentam conseguir o prontuário para analisarem o que farão a seguir. “O soro que o médico tinha receitado não tinha nem terminado quando foi liberado”, conta.

O Campo Grande News entrou em contato com o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, na noite deste domingo (23) para obter esclarecimentos sobre o caso, mas as ligações não foram atendidas.

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