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Capital

Amigo do assassinado no Guanandi era cúmplice e o atraiu para conveniência

Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, morreu na última sexta-feira, em Campo Grande

Gabrielle Tavares | 24/10/2022 17:32
Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, faz selfie dentro de carro (Foto: Arquivo pessoal)
Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, faz selfie dentro de carro (Foto: Arquivo pessoal)

Um dos amigos que estava com Cristian Alcides Valiente, de 37 anos, no momento em que ele foi assassinado na sexta-feira (21), em uma conveniência do Bairro Guanandi, na Rua Barra Mansa, era cúmplice do crime. O envolvimento dele foi apontado pelo executor de Cristian, preso em flagrante no domingo (23) prestes a embarcar para o Rio de Janeiro, onde morava.

O amigo de Cristian, que também foi preso, explicou que foi responsável por atraí-lo até a conveniência e mostrar para o executor quem seria morto, já que ele não é de Mato Grosso do Sul e foi enviado apenas para cometer o crime.

O homem ajudou a socorrer a vítima em uma camionete junto ao grupo de pessoas, que não tinham envolvimento com o crime, de acordo com o delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Guilherme Scucuglia.

"Ele indicou quem iria ser morto, ele próprio que estava com a arma do crime. Ele usou da amizade pra atrair a vítima para onde iria ocorrer o crime", apontou o delegado. Conforme Scucuglia, a motivação foi um "desacordo de drogas" e o mandante é de uma organização criminosa.

"Ele não indicou o mandante, disse que eram todos desconhecidos, mas vamos dar sequência na investigação e com certeza vamos identificar quem é", completou o delegado.

Cristian tinha dezenas de passagens policiais, entre elas crimes por tráfico, roubo, furto, violência doméstica e estelionato. Além da arma do crime, uma pistola 9 milímetros, junto com o amigo de Cristian foram apreendidos dois carros furtados de uma locadora de veículos, também usados no dia do homicídio.

Delegado do Garras, Guilherme Scucuglia. (Foto: Gabrielle Tavares) 
Delegado do Garras, Guilherme Scucuglia. (Foto: Gabrielle Tavares)

O GOI (Grupo de Operações e Investigações) atuou na operação com o Garras e foram os primeiros a atender a ocorrência. Cristian bebia ao lado de outros dois homem, quando foi morto com dois tiros. Ele foi levado de camionete até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, mas não resistiu.

Outros homicídios - Além deste caso, outras quatro pessoas foram mortas de forma violenta em Campo Grande no último fim de semana. Os casos foram registrados no Bairro Universitário, no Conjunto Residencial Mata do Jacinto e no Jardim Centro Oeste. Dos cinco assassinados a tiros, apenas um adolescente de 16 anos não tinha passagem pela polícia.

Carros apreendidos pela polícia. (Foto: Gabrielle Tavares)
Carros apreendidos pela polícia. (Foto: Gabrielle Tavares)

A polícia agora vai investigar se os crimes possuem ligação. "Pode ser que haja um vínculo, mas neste momento não dá para confirmar relação", completou Scucuglia.

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