Antes de ser assassinada, Carla sofreu violência sexual, aponta exame em corpo
Carla foi sequestrada na frente de casa na noite de terça-feira (30); morte ocorreu horas depois, segundo polícia
Antes de ser morta por esgorjamento, corte profundo no pescoço, Carla Santana de Magalhães, de 25 anos, sofreu violência sexual. Segundo o delegado Carlos Delano, responsável pelas investigações, os exames no corpo indicam que “a vítima sofreu violência/violação em partes do corpo que indicam ter havido estupro”.
O Campo Grande News já havia apurado que marcas no corpo também evidenciam que a jovem foi torturada. A morte aconteceu logo após o rapto, ainda conforme informações preliminares da necropsia. “A análise do cadáver indica que quando foi encontrado [na manhã de ontem, dia 3], a morte tinha ocorrido havia pelo menos 36 horas, o que indica que ocorreu na quarta feira. Ou madrugada ou durante o dia”, explicou o delegado.
Carla foi sequestrada na frente de casa na noite de terça-feira (30). Ela chegou a pedir socorro para a mãe. O cadáver foi abandonado, nu, na calçada de um comércio na mesma rua onde a vítima morava no Bairro Tiradentes. Um irmão e um primo de Carla e encontraram sem vida.
Outro detalhe é que não havia marcas de sangue no local e aparentemente o corpo foi lavado.
O delegado não quis dar mais detalhes sobre a investigação. “Não anteciparemos suspeito nem linha de investigação, pois a divulgação precoce dessas informações pode comprometer a eficiência do trabalho”, explicou.
Embora o feminicídio tenha sido uma das hipóteses levantadas na investigação sobre o assassinato de Carla Santana de Magalhães, de 25 anos, as características do crime levam a polícia para outra linha de apuração. Segundo fontes ouvidas pelo Campo Grande News, aparentemente quem matou a jovem deixou o corpo perto da casa dela como uma espécie de "recado", método que não é típico de crimes cometidos por ódio ou passionais.
A forma de matar, a degola ou esgorjamento, como foi no caso de Carla, costuma ser usada por facções criminosas, nos chamados “tribunais do crime”. O intrigante é que a jovem não tinha ficha criminal e até onde se sabe, qualquer envolvimento com organizações do tipo.