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Capital

Apesar de doação, Filipe ainda aguarda importação de medicamento

Marta Ferreira | 19/10/2011 18:05

Hoje, Anvisa deu o aval a compra de medicamento para tratar doença rara

Filipe, de 3 anos, aguarda medicação importada para novo tratamento. (Foto: álbum de família)
Filipe, de 3 anos, aguarda medicação importada para novo tratamento. (Foto: álbum de família)

A família do menino Filipe Wolff, de 3 anos, recebeu hoje o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a importação do medicamento clorafabine, para o tratamento de uma doença rara descoberta quando o garoto não havia completado o segundo ano de vida. A família recebeu uma doação para comprar o remédio, na semana passada, mas o processo burocrático ainda não terminou para a compra ser efetivada.

Filipe tem histiocitiose de células Langer Hans, doença que afeta vários órgãos, de forma semelhante a um câncer. Filipe ainda vai esperar no mínino 10 dias para iniciar o tratamento.

O tratamento tradicional da doença é oncológico, por meio da quimioterapia, que não tem surtido efeito em Filipe. Os pais do garoto descobriram que, nos Estados Unidos, o medicamento originalmente desenvolvido para tratar leucemia, está sendo usado para a histiocitiose, com relatos de cura, e chegaram a tentar na Justiça conseguir o fornecimento pelo Estado, o que foi negado. Cada dose do medicamento custa R$ 5 mil e o tratamento prevê 30 doses, com um custo de R$ 150 mil.

Diante da negativa da Justiça, a família do menino iniciou uma campanha e a primeira doação conseguida já assegurou as 10 primeiras doses. O montante para a compra foi doado pelo pecuarista Antônio Moraes, o mesmo que fez uma colaboração milionária para a construção de um novo hospital para tratamento do câncer em Campo Grande.

A família chegou a enfrentar problemas com o tramite burocrático da importação, por se tratar de um medicamento não comercializado no País, mas hoje recebeu da Anvisa a informação de que, com receita médica especificamente para Filipe, a compra no exterior pode ser feita normalmente.

De acordo com as informações da Anvisa, medicamentos vindos de outros países e que não tem autorização para o comércio no Brasil não podem entrar quando são para a venda. Para o caso de tratamento de um paciente que tem receita médica, o procedimento é autorizado, desde que a prescrição seja apresentada, com todos os dados da pessoa que vai receber.

O pai de Filipe, Guilherme Wolff, disse que, a partir do desembaraço da parte burocrática, agora serão necessários de 7 a 10 dias úteis para a chegada do medicamento.

Doações-A família chegou a cogitar, com o apoio do pecuarista Antonio Moraes, uma viagem aos Estados Unidos para que Filipe pudesse fazer o tratamento, mas agora, com o aval para a importação, está mais tranqüila.

Continua a campanha de doações para assegurar as próximas 20 doses. Podem ser feitos depósitos na conta do pai do menino no Banco do Brasil. A agência é a 0048-5 e a conta é a 64375-0.

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