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Capital

Apesar de paralisação anunciada, creches funcionam normalmente

Chloé Pinheiro | 12/08/2016 08:54
Criança brincando no Ceinf Santa Edwirges, na manhã desta sexta (Foto: Marcos Ermínio)
Criança brincando no Ceinf Santa Edwirges, na manhã desta sexta (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar do anúncio de que funcionários terceirizados das creches municipais entrariam em greve por falta de pagamento de vale-transporte, o funcionamento dos Ceinfs (Centro de Educação Infantil) de Campo Grande visitados pela reportagem estão normais nesta sexta-feira (12). No Ceinf Santa Edwirges, no Aero Rancho, que está no centro das denúncias de maus tratos que atingiram o auge da tensão durante essa semana, todos os funcionários estão trabalhando. 

"Estão todos aqui trabalhando, mais calmas, as crianças estão aqui e as coisas aqui estão sendo esclarecidas. Os pais estão procurando a gente e estou atendendo para conversar", explicou a diretora Rosa Helena, que cuida da creche do Aero Rancho. 

Já no Ceinf Paulo Siufi, no Jardim Marabá, a diretora Sérgia Zucareli afirmou que todos os educadores e outros colaboradores dão expediente. "Dos nossos 43 professores, metade é contratado via convênio, e estão todos aqui", afirmou Sérgia Zucareli, diretora da creche. 

O Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social) divulgou ontem que os trabalhadores das empresas Omep e Seleta, contratados via convênio para atuar na rede municipal de ensino, paralisariam suas atividades por conta da falta de pagamento do vale-transporte. 

A reportagem procurou o sindicato, mas foi informada de que sua assessoria de imprensa não daria expediente hoje e que a direção estaria fora da sede, em reunião. A Prefeitura, por sua vez, não informou se o funcionamento é normal em todas as creches da rede. 

O benefício  que custeia o deslocamento de fato não está sendo repassado aos funcionários, confirmam os empregadores. "Há dois meses a Prefeitura deixou de repassar o valor certo para nós, por isso não conseguimos pagar", explica Laudson Ortiz, advogado que representa as duas entidades conveniadas. Segundo Ortiz, as empresas enviam todo mês uma previsão dos gastos com folha de pagamento, mas a Prefeitura faz o repasse abaixo do valor solicitado. 

"Essa diferença é exatamente quanto custa o vale-transporte e nosso gasto com encargos. Por isso, tivemos que priorizar o pagamento dos salários, que conseguimos cumprir totalmente", conta Ortiz. 

A Prefeitura divulgou nota ontem onde afirma que realizou os pagamentos solicitados corretamente e que "os valores são informados pelas entidades e conferidos pela Secretaria de Educação, mês a mês, conforme a sua folha de pagamento. Com isso, reafirma-se que não há valores em aberto com as referidas entidades", finaliza a nota.

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