Apontado como autor de pelo menos 10 assaltos é preso pelo Garras
Em seu último assalto, “Sequestro”, como é conhecido chegou a apontar a arma na barrida de uma grávida
Luciano de Carvalho Delgado, de 34 anos, conhecido como “sequestro”, foi preso na manhã de terça-feira (11), pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), depois de assaltar duas farmácias em Campo Grande. Ele é apontado como autor de pelo menos mais oito assaltos em comércios na Capital.
Na manhã de ontem, Luciano levou R$ 200 em espécie da farmácia Drogasil, no trevo Imbirussul –região do Leblon, em seguida foi até o bairro São Conrado onde levou R$ 350,00 do caixa e o celular de uma cliente. “Essa vítima estava grávida e ele inclusive apontou um revólver na barriga dela para que ela passasse o celular”, informou o delegado responsável pelo caso João Paulo Sartori.
Sequestro foi preso depois de ser identificado no bairro que morava, no Lageado. Equipes do Garras foram até o local e encontraram o autor andando na rua Ilse Araújo de Souza já com outra roupa. Luciano sempre usava uma calça azul, botinas de couro e boné para assaltar. Agia a pé, de bicicleta e até de moto.
“Ele foi abordado e não resistiu, fomos até a casa dele e encontramos as roupas que ele costumava usar e o celular roubado. Depois fomos até a casa da mãe dele, próxima a dele, e encontramos ela de saída com uma bolsa com sete papelotes de cocaína. Provavelmente ela ficou sabendo que pegamos ele estava tentando fugir”, disse Sartori.
Dalila Delgado, de 66 anos, também foi presa em flagrante por tráfico de drogas. Ela estava em liberdade condicional pelo mesmo crime. Já Luciano estava foragido desde o ano passado onde cumpria uma pena de mais de 19 anos por assalto.
Luciano é apontado como autor de pelo menos 10 roubos em comércios na Capital em menos de um mês. Além das farmácias, recentemente ele roubou uma Casa de Carne na avenida Júlio de Castilho. “Nós sabemos dessa Casa de Carne, mas ao que tudo indica a maioria dos alvos são farmácias. Ele chegava e anunciava o assalto usando o revólver para intimidar as vítimas”, completou o delegado.
À imprensa, o autor negou os fatos e disse que desconhece o apelido e os roubos às farmácias. “Eu sou trabalhador, trabalho em um curtume e meu apelido é Diego ou Fofão, não Sequestro”. Questionado sobre sua inocência, Luciano ficou calado e disse que só falaria em juízo.
A polícia acredita que com a divulgação da prisão, mais vítimas aparecerão. "A nossa orientação é para que essas vítimas liguem aqui na delegacia no número (67) 3357-9500 ou na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), para onde o caso será encaminhado", concluiu Sartori.