Após 15 anos foragido, réu por matar amigo a facadas é julgado
Crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2003, no Jardim Jóquei Clube
Fábio Antônio Brito do Nascimento, de 37 anos é julgado nesta sexta-feira (6) pelo assassinato de Luiz Carlos Bernardes dos Santos. O crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2003, no Jardim Jóquei Clube. O réu, no entanto, passou mais de 15 anos foragido e só foi preso pelo crime no ano passado.
Luiz foi morto a facadas em frente a uma casa na Rua Violetas e várias testemunhas apontaram Fábio como autor do homicídio. Ele foi indiciado pelo crime, mas nunca encontrado.
Em 14 de março de 2005 o processo chegou a ser suspenso porque Fábio não compareceu a nenhuma fase da ação judicial, mas meses depois o Ministério Público pediu o desarquivamento do caso por haver indícios do paradeiro do suspeito. Ainda assim ele não foi localizado.
Só em 24 de agosto de 2018 Fábio foi encontrado e preso na cidade de Tanabi, interior de São Paulo. Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, autor e vítima eram amigos e no dia do crime discutiram por causa de droga. Durante as audiências, Fábio afirmou que a matou depois de ser ameaçado por Luiz.
Nesta manhã, ele repetiu a versão aos jurados. No plenário do Tribunal do Júri contou que a briga começou em um churrasco porque Luiz pediu cocaína para ele. “Eu disse que não tinha mais e fui ameaçado”. Depois da discussão, o réu saiu da festa, mas voltou para buscar a bicicleta.
O novo encontro terminou mais uma vez em confusão. Em depoimento, Fábio lembrou que Luiz estava com a faca e tentou matá-lo, que conseguiu tomar a arma dele e o esfaqueou. "Errei no erro dele porque ele tentou me agredir e eu acabei agredindo". Após o crime fugiu para a casa de uma tia e pouco depois se mudou para o interior de São Paulo.
Ao tentar explicar os anos sem se apresentar a justiça, Fábio afirmou que não sabia que era procurado e que não se lembrava do crime. “Sabia que tinha acontecido uma briga, mas não sabia que alguém tinha morrido, mas não sabia que estava sendo procurado”.
Ele afirmou que só soube no dia de sua prisão, quando vizinhos ouviram uma briga entre ele e a esposa e chamaram a polícia, que descobriu o mandado de prisão expedido desde 2005. Fábio chorou apenas ao responder o defensor público Gustavo Henrique Pinheiro e dizer o nome dos quatro filhos. Ele é julgado por homicídio qualificado por motivo torpe.