Após ameaça de paralisação, dia amanhece "normal" no transporte coletivo
Assembleia da categoria marcada para às 5h de hoje (7) foi cancelada após intermediação do Ministério Público do Trabalho
Após ameaça de paralisação, a sexta-feira (7) amanheceu com funcionamento normal do transporte coletivo em Campo Grande. A assembleia que determinaria a interrupção do serviço, marcada para as 5h pelo SCTTU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano), foi cancelada após intermediação do MPP (Ministério Público do Trabalho).
Ao todo, são quatro garagens em Campo Grande. Na do Bairro São Francisco, os ônibus começaram a sair às 4h20. Pouco antes das 5h, pelo menos 18 veículos já haviam ido às ruas.
Por dia, estão circulando 340 ônibus em Campo Grande duranta a pandemia de corona vírus, dos 500 que costumam circular. O número de passageiros tem sido em média de 70 mil, contra 230 mil dos dias de cidade funcionamento plenamente.
Nesta semana, as empresas que integraram o consórcio Guaicurus demitiram 50 funcionários.
Mudança na rotina - Com os boatos de possível paralisação, teve quem se programou para sair mais cedo de casa, como é o caso da motorista de aplicativo Maísa Souza, 40 anos.
Pelas redes sociais, ela ficou sabendo que talvez não haveria ônibus e decidiu iniciar o trabalho duas horas antes.
''Comecei mais cedo, às 4h, porque achei que teria bastante corrida e não teria ônibus. Mas, por volta das 5h20, ainda estava fazendo a segunda corrida", comentou a motorista.
A possibilidade de greve ocorreu porque, no mês passado, motoristas protestaram contra lei municipal que altera punições administrativas aos trabalhadores, transformando algumas delas em multa.
Entre as punições está a cobrança de penalidade ao motorista que embarcar passageiro fora do ponto ou ao trabalhador que atrasar o horário previsto para rota determinada. Para os empregados, desta maneira, eles “pagarão para trabalhar”.
Depois da paralisação do transporte público durante duas horas no dia 20 de julho, o Consórcio Guaicurus protocolou denúncia ao MPT (Ministério Público do Trabalho) pedindo punição aos responsáveis pela interrupção sem aviso prévio do serviço considerado essencial.