Após apelo, comandante da PM percorre avenida e ouve população
Após reunião da semana passada, policiamento na avenida Coronel Antonino foi intensificado
Na semana passada, comerciantes da região da avenida Coronel Antonino se reuniram com integrantes do Conselho Comunitário de Segurança do Centro, e representantes das policias Civil e Militar para reclamar da falta de segurança. Após ouvir as queixas, o comandante da PM, Carlos Alberto David dos Santos, percorreu a avenida no final da tarde desta quarta-feira (23), para ouvir a população.
“A gente tem que ouvir as pessoas, são elas que vivenciam os problemas e sabem o que está acontecendo”, comenta o coronel, que afirma que com o desempenho do trabalho comunitário os crimes na região reduziram.
Segundo o presidente do Conselho Comunitário do Centro, Adelaido Luiz Vila, durante 30 dias será reforçado o policiamento na região e em seguida será marcada outra reunião para discutir os resultados da ação dos policiais.
“Há uns oito meses conseguimos colocar policiais para fazer ronda durante o dia, que era o período mais crítico de atuação dos bandidos. Agora, essa mesma ronda será feita também à noite”, explica Adelaido.
Com este tipo de ação, o coronel pontua também que a presença constante da polícia intimida a ação dos bandidos. “Problemas a gente tem, mas diminuímos quando temos este tipo de contato co a população, o objetivo tornar mais efetiva nossa presença”, diz.
Durante os 30 dias de policiamento intensivo, a Polícia Militar está com uma equipe de quatro policiais durante o dia e viaturas fazendo rondas durante a noite.
Assaltos - Não é raro depoimentos de comerciantes da região que já foram vítimas de algum tipo de assalto, seja no estabelecimento ou na rua. “Tem os famosos olheiros, que ficam cuidando o movimento do comércio e falar qual é a melhor hora para atacar”, conta Romeu Carlos Mourão Caldas, 40 anos.
Ele mora na região há 30 anos e aluga espaços para outros comerciantes com estabelecimento na avenida Coronel Antonino. “Mas melhorou muito, antes a gente não podia deixar carro na rua, quando voltava não tinha mais som”, comenta Romeu, que já foi alvo de assalto duas vezes.
A comerciante Lilian Costa, 43 anos, também sentiu na pele a onda de assaltos. “Já entraram pelo telhado, pelos fundos da loja, pela porta da frente, à noite, durante o dia”, conta.
Com uma loja de produtos agropecuários, ela já foi vítima de assalto três vezes, em 13 anos que tem o estabelecimento no local. ”Senti que melhorou depois que a PM passou a colocar policiamento aqui”, afirma.
Para Volnei Françoes, 44 anos, o motivo de a região ser alvo de assaltos é por causa do número de lojas, bancos e restaurantes que há na avenida. “Isso significa volume de dinheiro, então fica muito visado”, acredita.