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Capital

Para moradores, operações na Nhanhá têm de continuar de forma permanente

Ontem, ação contou com helicóptero e acabou com traficante morto a tiros após atacar policiais

Por Ana Paula Chuva e Gabi Cenciarelli | 31/01/2025 16:40
Para moradores, operações na Nhanhá têm de continuar de forma permanente
Usuário de droga em frente ao comércio na tarde desta sexta-feira (Foto: Osmar Veiga)

Para quem mora na região da Vila Nhanhá em Campo Grande, as operações como a Guardião I, realizada na noite de quinta-feira (30) que contou com helicóptero e terminou na morte do traficante Leonardo Diego Fagundes Lourenço, são importantes para a população e devem ser frequentes para manter a segurança de quem vive no local. O criminoso foi baleado ao atacar os policiais durante abordagem em um ponto de venda de drogas.

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Moradores da Vila Nhanhá, em Campo Grande, defendem a continuidade de operações policiais como a Guardião I, realizada na última quinta-feira (30). A ação, que contou com 80 policiais e apoio de helicóptero, resultou na morte de um traficante e na prisão de sete pessoas por tráfico, receptação e porte ilegal de arma. Comerciantes locais relatam aumento da criminalidade devido ao tráfico de drogas e pedem presença policial constante na região. A Denar aponta que o principal desafio é identificar traficantes, que se misturam com usuários. A Vila Nhanhá é considerada uma das áreas mais críticas da cidade em relação ao tráfico de drogas.

Equipe do Campo Grande News esteve no bairro na tarde desta sexta-feira (31) e conversou com alguns moradores. À reportagem, a comerciante Tânia Mara, 50 anos, relatou que já foi vítima de assalto duas vezes em 2024 e acha muito importante a presença da polícia no local.

“Aqui é muito perigoso. Está sendo ótimo ver a polícia, mas tem que ter sempre. Sou nascida e criada aqui no bairro. Quando eu era mais nova, era bem tranquilo, ficou assim depois que a droga tomou conta. Com a presença da polícia, dá uma melhorada”, disse a comerciante.

Assim como ela, o também comerciante Anderson Rodrigues foi criado na Nhanhá e acredita que o comércio de drogas faz com que os crimes aumentem no bairro. Porém, a presença da polícia pode inibir os traficantes e deixar a população muito mais segura se for feita de forma preventiva.

Para moradores, operações na Nhanhá têm de continuar de forma permanente
Para Tânia, o aumento do tráfico de drogas fez crescer o número de crimes no bairro (Foto: Osmar Veiga)

“Tem que ser preventiva. Tem que estar aqui sempre. Não pode ser uma vez a cada ano, acho que não dá muito resultado. O tráfico de drogas é forte e aí ficam muitos usuários nas ruas, a gente fica com medo. Uma base da Guarda Civil Metropolitana também seria importante aqui”, relatou o comerciante.

Por fim, Weslei Silva, 31 anos, contou que mora no bairro junto com a esposa e o filho pequeno. A família também tem um comércio na Nhanhá e acredita que a presença das forças de segurança precisa ser diária na região, que foi tomada por traficantes e usuários de drogas.

“Toda hora tem furto, roubo. Precisei colocar alarme, câmera. Já invadiram nossa loja. Precisa ser frequente a presença da polícia aqui. Tem que fazer a operação e manter os policiais aqui também”, pontuou.

Para moradores, operações na Nhanhá têm de continuar de forma permanente
Weslei acredita que forças policiais tem que estar no bairro todos os dias (Foto: Osmar Veiga)

Guardião I - A ação foi realizada noite de ontem e resultou em apreensão de drogas, prisões e na morte de Leonardo. A força-tarefa contou que 80 policiais que fizeram cerco na Nhanhá – região mais crítica da cidade por ter sido dominada pelo tráfico de drogas – e aconteceu por determinação da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).

Ao todo, foram sete pessoas presas em flagrante por tráfico, receptação e porte ilegal de arma de fogo. Durante coletiva de imprensa na manhã de hoje, o delegado titular da Denar (Delegacia de Repressão ao Narcotráfico) explicou que a maior dificuldade na região é identificar quem vende o entorpecente.

"Vendem em pequenas porções, eles não ficam com a droga, tem lugar para esconder, como muros e árvores. Observam a presença da polícia, já se comunicam. Mas, a dificuldade maior é que o traficante se mistura com usuário", comenta.

"Não conseguimos acabar de uma vez, também se trata de uma questão de saúde pública, a questão do vício. A gente não consegue acabar com o problema, porque isso não compete a nós”, afirmou Hoffman D’Ávila.

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