Após desfile, passagem do Grito dos Excluídos é marcada por confusão com PM
Deputado estadual Pedro Kemp (PT) discutiu com policiais que barraram manifestantes
Após o fim do desfile cívico, uma confusão agitou manifestantes no cruzamento da Rua 13 de maio com a Avenida Afonso Pena, nesta quinta-feira (7). O desentendimento aconteceu no grupo Grito dos Excluídos. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) “bateu boca” com policiais militares que estavam no local. Os agentes chegaram a levantar o cassetete para o parlamentar. Logo depois, a assessoria do deputado informou que ele recebeu uma ligação do secretário Estadual da Casa Civil Eduardo Rocha, pedindo desculpas em nome do governador Eduardo Riedel (PSDB) pela forma como a PM lidou com a situação.
A Cavalaria fechou o cruzamento das ruas para que os manifestantes aguardassem até que a organização do trânsito fosse restabelecida. Do outro lado, os participantes alegaram que o ato foi para impedir que eles prosseguissem. O registro feito na hora do empurra-empurra mostra o deputado e a vereadora Luiza Ribeiro (PT) insistindo para que os policiais abrissem espaço para que os manifestantes passassem. No momento do tumulto, uma senhora foi empurrada.
Pedro Kemp não revelou o motivo do empurra-empurra, mas gravou um vídeo falando do movimento.
"Nós fazemos o grito daqueles que não conseguem fazer sua voz chegar até os prateamentos e poderes públicos. São os excluídos, aqueles que não tem salário, não tem uma casa decente para morar e emprego, das aldeias e comunidades indígenas. O Brasil, como disse o presidente Lula ontem no pronunciamento, só vai ter democracia quando houver vida digna para todo o povo. Esse é o espírito do Grito".
O Campo Grande News tentou falar com o deputado sobre o ocorrido, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. A reportagem também entrou em contato com a Polícia Militar e foi informada que até o momento a situação não foi reportada à assessoria da instituição.
Neste ano, o tema do desfile para o grupo foi: “Você tem fome de quê?”. Os manifestantes protestaram contra taxação de juros, violência contra mulheres e pela demarcação de terras indígenas. A expectativa era de que 100 pessoas estivessem nas ruas. O grito dos excluídos é realizado por movimentos sociais, sindicatos e filiados de partidos de esquerda.
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