Após mortes, especialista alerta para risco de automedicação
Após duas mortes por meningite em menos de uma semana na Capital, o médico infectologista Rivaldo Costa alertou sobre os riscos da automedicação. A preocupação leva em consideração a rápida evolução da doença.
Segundo, ele a meningite começa com febre alta, dor de cabeça e no corpo, sintomas comuns de outras moléstias. “Daí o perigo da automedicação, porque o paciente perde um tempo crucial, um prazo fundamental com medicamentos errados”, explicou.
Assim foi o caso de Enéas Márcio de Moura Medeiros, de 15 anos. Ele começou a passar mal no último dia 8. Na data, começou a febre e a dor de cabeça. Três dias depois, morreu no HU (Hospital Universitário), vítima de meningite bacteriana. Já no dia 17, Maria Juventina, de 59 anos, foi a óbito, com sintomas de meningite viral.
Surto – Questionado sobre o risco de surto em Campo Grande, diante de duas mortes em menos de uma semana, o médico afastou a possibilidade. Segundo ele, é normal, nos dias frios, o aumento dos casos.
“Durante todos os anos, ocorrem casos isolados”, comentou. “Neste período, que cai a temperatura e as pessoas procuram ambientes mais fechados, há possibilidade de aumento nos casos, mas longe de surto de meningite”, emendou.
Em relação à diferença dos sintomas da meningite e da gripe A, que também evolui rapidamente, o infectologista frisou que a gripe A ataca o sistema respiratório e a meningite, o nervoso.
“Além de febre alta, dor de cabeça e no corpo, a gripe vem acompanhada de tosse seca e catarro amarelado. Já a meningite se instala com mais frequência em vítimas de outras infecções, como no ouvido”, detalhou.
Para se prevenir de ambas as doenças, ele aconselhou a manter os ambientes arejados e seguir hábitos de higiene, como, ao tossir, proteger os rosto e lavar as mãos com frequência.