Após reunião com governo, educação encerra paralisação sem acordo
A categoria quer 7,64% de reajuste salarial e abono de R$ 200 para os funcionários administrativos; o Estado pede mais prazo
Depois de meia hora, terminou sem acordo a reunião entre representantes do governo e a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). Servidores da Educação pedem reajuste de 7,64% e abono salarial de R$ 200 para professores e funcionários administrativos.
O presidente da federação, Roberto Botarelli, saiu sem dar detalhes da conversa, afirmando apenas que não houve consenso. O governo do Estado também não comentou a reunião. Com o resultado, manifestantes também baixaram bandeiras e cartazes e dispersaram. A Fetems também não falou sobre novos protestos e paralisações.
Conforme a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), o aumento é assegurado pela Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, e pela Lei Complementar Estadual n.º 200/2015.
Por meio de nota, o Governo do Estado disse que a SAD (Secretaria de Administração) apresentou proposta que "prevê a todos os professores da ativa a garantia de continuarem recebendo no mínimo um salário equivalente ao piso nacional, onde está prevista jornada de 40h semanais".
"Foi proposta ainda a repactuação dos prazos para aplicação de reajuste sobre a Lei do Piso, com prorrogação para 2018, em virtude da queda da receita estadual", diz a nota.
O governo do Estado pede que a categoria espere até agosto deste ano, para realização de uma nova reunião. Os sindicalistas que representam os servidores administrativos realizam uma nova reunião amanhã (31), onde voltarão a debater o abono salarial.
Cerca de 80% dos alunos da Rede Estadual de Ensino está sem aula nesta terça-feira (30) por causa da paralisação dos servidores da Educação, professores e administrativos. De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Roberto Botareli, cerca de 25 a 30 mil profissionais pararam sua atividades hoje.
Mato Grosso do Sul tem 266.255 estudantes matriculados, ou seja, 213.004 alunos ficaram em casa hoje. Ao todo são 183 escolas em tempo integral e 368 de ensino regular, conforme dados da Sed (Secretaria Estadual de Educação).
Os servidores chegaram a se reunir na rotatória da avenida Afonso Pena com o Parque dos Poderes, para um ato em frente a Sed. A paralisação atinge 68 municípios do interior.