Aposentada é surpreendida por arara-canindé na porta de casa no Tiradentes
Filhote em época de aprendizado não conseguiu voltar para o ninho e ficou pelo chão, sob olhar atento dos pais
A aposentada Nilda Gomes, 60 anos, foi acordada pelos vizinhos hoje, por volta das 6h. O susto deles foi compartilhado por ela: um filhote de arara-canindé estava caído em frente ao portão de casa, no Bairro Tiradentes. Profissionais da área alertam para o período de procriação e de crescimento de filhotes, que estão aprendendo a voar e não conseguem voltar aos ninhos.
Com a movimentação no entorno, a pequena arara, pelo chão, foi andando até área de mata, onde há ninhos de araras. De cima, os pais observavam o que acontecia com o filhote. Nilda diz que ligou para o Corpo de Bombeiros, mas a informação foi de que não seria atribuição deles.
O Instituto Arara Azul foi acionado e a bióloga Larissa Tinoco foi ao local para avaliar o animal, constatando que não havia qualquer machucado. Larissa disse que, na fase de aprendizado de voo, as jovens araras saem dos ninhos e podem se atrapalhar caso tenha algum obstáculo, como rede de energia ou árvores. “Como eles não têm habilidade para o voo, vão para o chão; ou quando vão pousar no ninho, se desequilibram”.
Nesta situação, a arara precisa de ajuda para ser realocada no ninho, pois não tem impulso para alçar voo.
A bióloga explica que caso seja percebido que não há ferimentos ou a asa não está caída, indicando fratura, o animal pode ser colocado em uma árvore ou telhado, desde que não haja fiação elétrica por perto. O resto é por conta dele, que pode voltar sozinho ou dos pais, que vão ajudar o filhote.
“O ideal é não tirar de perto dos pais”, disse. Caso a pessoa tenha receio e não saiba identificar algum problema, deve acionar a PMA (Polícia Militar Ambiental), no telefone 3357-1501, o Instituto Arara Azul, no 3222-1205, ou a guarda ambiental.