Apostadores estranham baixa movimentação em lotéricas para Mega da Virada
Prêmio estimado pela Caixa Econômica Federal deste ano é de R$ 300 milhões e não irá acumular
Sem filas longas para apostar na Mega da Virada, jogadores estranharam a movimentação abaixo da média durante o penúltimo dia de apostas, que combinou com o cenário da pandemia. Neste ano, o prêmio estimado pela Caixa Econômica Federal é de R$ 300 milhões.
Mantendo a tradição anual, o aposentado Odilon Ribeiro, de 59 anos, aproveitou a manhã desta quarta-feira (30) para escolher os números e já começar a torcer pela vitória. Enquanto aguardava na pequena fila formada em lotérica da rua 13 de maio, ele comentou sobre o vazio no local, “não sei se o povo está viajando ou sem dinheiro mesmo, mas está estranho ver assim tudo vazio”.
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Quem gostou do menor fluxo foi Pasqual Ximenes Machado, de 78 anos, que saiu de casa especificamente para fazer a “fezinha”. Ele conta que depois de ver tantas notícias ruins durante o ano, só consegue pensar em dividir o valor caso consiga o prêmio.
Vou querer dividir tudo, ainda mais para ajudar esse tanto de criança que tem na pobreza. O resto fico para aproveitar meu resto de vida que ainda tenho com minha família.
Seguindo a linha da solidariedade, a cantora Nargea Soares, de 58 anos, diz que só consegue pensar na quantidade de pessoas que perderam familiares devido à covid-19 durante o ano. “Foi muito difícil e ainda pior para essas pessoas. Acho que várias pessoas deveriam ganhar esse prêmio, não deixar só na mão de um ou dois”, explica.
Com a movimentação um pouco maior, a lotérica do Mercadão Municipal concentrou quem espera fazer grandes sonhos só quando o prêmio chegar, mas que o princípio parte de colocar as contas em dia.
Aposentado, Manoel Alves da Silva, de 63 anos, conta que o pensamento automático é tirar o atraso nos boletos. Para ele, as outras possibilidades só vão aparecer na mente em caso de ganhos. “Depois a gente vê o que fazer. Bom que não tem muita gente por aqui também, a fila mesmo está rápida, diferente dos outros anos”.
Mais sonhadora, a enfermeira Rosineide Santos, de 50 anos, explica que já pensa no México depois de um 2020 difícil. “Em questão de emprego eu não tive problemas, mas de resto tudo ficou muito sofrido. Acho que se eu ganhar vou querer paz e melhorar a qualidade de vida. Todo ano fico na torcida, em 2020 mais ainda”, diz.
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