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Capital

Assassino de motoentregador deixa 1ªDP em silêncio e polícia acha arma do crime

Bruno César de Carvalho, 24 anos, contou a polícia onde escondeu a arma usada para matar o colega e polícia encontrou

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 18/08/2020 12:57
Bruno César de Carvalho, 24 anos, deixou 1ª DP escondendo o rosto e sem falar com a reportagem (Foto: Silas Lima)
Bruno César de Carvalho, 24 anos, deixou 1ª DP escondendo o rosto e sem falar com a reportagem (Foto: Silas Lima)

Depois de se apresentar e confessar ter matado o motoentregador Emerson Salles Silva, 33 anos, durante briga numa lanchonete na Avenida Mato Grosso, na região central de Campo Grande, Bruno César de Carvalho, 24 anos, deixou a 1ª DP (Delegacia de Polícia) encapuzado e sem falar com a imprensa.

No depoimento, o assassino confesso apontou o local onde jogou arma. Equipe da Polícia Civil esteve, ainda pela manhã, no terreno na Avenida Gury Marques indicado por Bruno e encontrou a arma.

Acompanhado de duas advogadas, Bruno foi ouvido pelo delegado Mikail Farias por cerca de 1 hora e meia, mas como já passou o período de flagrante e o pedido de prisão preventiva feito pela autoridade policial ainda não foi analisado pela Justiça, o rapaz foi liberado.

Segundo o delegado, Bruno contou que trabalhava com Emerson em uma rede de farmácia há muito tempo, mas na lanchonete há cerca de dois meses e meio. Segundo o rapaz, ele e a vítima já haviam se desentendido anteriormente, por comentários e brincadeiras que Emerson fazia.

O estopim, conforme narrou à polícia, foi quando Bruno faltou o trabalho. ''A motocicleta do Bruno estragou e ele precisou faltar no trabalho terça e quarta. Emerson não teria gostado de trabalhar sozinho e começou a mandar mensagens para ele", disse o delegado.

O assassino do colega contou ainda que ao voltar ao trabalho, na noite de quinta-feira (13), Emerson iniciou uma discussão e o agrediu a socos. A briga foi separada por outros funcionários da lanchonete.

Segundo Bruno, mesmo mostrando arma, Emerson voltou a agredi-lo e por isso, atirou “no calor do momento”.

Bruno contou que comprou a arma, um revólver calibre 32, há cinco meses, por medo de ser assaltado. Ele também afirmou estar arrependido.

''No momento da discussão, ele perdeu todo o senso e saiu de si. O que aconteceu foi um crime, mas meu cliente não é um criminoso. Ele perdeu a razão, acabou fazendo besteira, vai responder por isso e colaborar com a polícia", afirmou a advogada de Bruno, Adriana Melo.


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