Assassino de rapaz no Leblon alega legítima defesa e se apresenta em 48h
Magno recebia ameaças de morte da vítima e acabou disparando contra ela na manhã de hoje
Magno Lopes dos Santos, de 27 anos, que assassinou no fim desta manhã Rafael Freitas Silva, 29, no Jardim Leblon alega legítima defesa e afirma através de familiar que se entregará à polícia, na presença de seu advogado, dentro de 48 horas. Cunhado do suposto autor, Miguel Ramires, 27, procurou o Campo Grande News para dar a versão de Magno sobre o caso.
“A verdade é que o Magno fugiu dele (do Rafael)”, afirma o cunhado. Haveria já boletins de ocorrência de Magno contra Rafael por ameaças de morte, que começaram depois que o autor começou a namorar com a ex da vítima. Eles eram amigos de infância. “Isso é verdade. Eles se conheciam desde criança”, disse Miguel.
Com medo de que Rafael concretizasse as ameaças, Magno tirou porte de arma e começou a andar armado. Trabalhando como motorista de aplicativo, o autor chegou hoje na casa da namorada, com quem tem um filho, para deixar uma marmita. Rafael, que também tem um filho com ela, chegava em outro carro para deixar a criança com a mãe e os dois acabaram se encontrando.
Magno, por sua vez, conforme Miguel, teria saído para não ter que lidar com Rafael, que seguiu o autor até a rua lateral, a Tamoios, onde ocorreu o crime. “Ele (Rafael) já tinha falado que ia catar o Magno e quando ele desceu do carro para tentar falar com o Magno, o Magno tentou sair com o carro, mas o carro afogou e o Rafael colocava a mão na cintura o tempo todo, como se fosse tirar uma arma”, conta o cunhado.
Por causa disso, Magno temeu que Rafael estivesse armado porque “colocou a mão na cintura e foi pra cima dele”. Nisso, o autor começou a atirar e “no calor, nem pensou em dar um tiro só pra neutralizar o Rafael, foi pra se defender mesmo. Ou ele disparava ou morreria”, alega Miguel.
Ele afirma ainda que o cunhado não praticou uma execução e nem mesmo estava de tocaia esperando Rafael. “Ele (Magno) é do bem. Sem passagens. Porte legal de armas”, defende.