Audiência pública sobre crimes de trânsito reúne cerca de 200 pessoas
Cerca de 200 pessoas participaram na manhã desta sexta-feira (20), da audiência pública sobre crimes de trânsito. O evento foi realizado no plenário deputado Júlio Maia, na Assembléia Legislativa de Campo Grande.
O encontro reuniu representantes da PRE (Polícia Rodoviária Estadual), Corpo de Bombeiros, PM (Polícia Militar), demais entidades e órgãos públicos, além de interessados em debater o tema e que também apresentaram sugestões.
Para o proponente da audiência, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), “a discussão sobre álcool e direção deve ser aprofundada” e sair da esfera político-administrativa. Deve atingir todos os segmentos da sociedade, em especial, o ambiente familiar. Mochi declarou que “o acidente de trânsito nunca será aplaudido”.
Na pauta, “a importância da vida e de viver com qualidade”, “família e controle do álcool”, “crimes de trânsito e seus reflexos na segurança pública”, além de discussões sobre as campanhas publicitárias que estimulam o consumo de álcool, entre outros debates.
Diretor presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Carlos Henrique dos Santos Pereira, comentou sobre a atuação do órgão com relação à fiscalização.
Carlos Henrique disse que não falaria sobre as causas que levam aos acidentes de trânsito “porque tudo mundo sabe” e nem se prenderia à estatística de mortes. “Seja 1 ou seja 1 mil é importante”, afirmou, se referindo às perdas no trânsito.
Para o diretor “não existe acidente sem infração”. “Eu sai de casa alcoolizado e atropelei uma pessoa. É acidente?”, questionou, acrescentando que em 2011 o número de autos infrações emitidos passou dos 25 mil.
Representando a o comandante geral da PM (Polícia Militar), o comandante da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), Alírio Villasanti, falou sobre as campanhas educativas que o órgão desenvolve.
Os trabalhos, segundo Villasanti, são direcionados para locais onde a incidência de infrações são maiores.
O comandante da Ciptran declarou ainda que a PM trabalha para melhorar a qualidade de vida a população, mas considera que a sociedade precisa sair da “zona de conforto” e que os adultos têm de servir de exemplo às crianças.
Villasanti considera que Campo Grande está vivenciando uma mudança de comportamento, mas disse que é necessária uma fiscalização mais rigorosa.
No trânsito, declarou, precisa-se de mais cordialidade, solidariedade e respeito.