Esposa de empresário já investigado por fazer frete de droga é presa pelo Gaeco
Jessika Farias da Silva foi alvo de mandado e é mulher de Rodney Gonçalves Medina, preso desde março de 2024
Alvo de mandado de prisão e de busca e apreensão na segunda fase da operação Snow, Jessika Farias da Silva, foi encontrada na casa onde mora no Bairro Rancho Alegre de Campo Grande. Ela é mulher do empresário Rodney Gonçalves Medina, preso na primeira fase da ação que investiga quadrilha que usava viaturas policiais para transportar cocaína.
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Jessika Farias da Silva, alvo de mandado de prisão na segunda fase da operação Snow, foi detida em sua residência em Campo Grande. Ela é esposa do empresário Rodney Gonçalves Medina, preso na primeira fase da operação por envolvimento em uma quadrilha que utilizava viaturas policiais para transportar cocaína. Jessika, que estava em casa com seus dois filhos, foi levada sem resistência e sua defesa já solicitou a revogação da prisão, argumentando que a ausência dos pais deixa as crianças desamparadas. A operação também visou outros membros da quadrilha, que utilizava métodos violentos e corrupção de servidores públicos para facilitar o tráfico de drogas, resultando na apreensão de mais de duas toneladas de entorpecentes.
Jessika foi encontrada na manhã desta quarta-feira (15), por equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar que dava apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), durante o cumprimento das 28 ordens judiciais, sendo nove de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão.
Conforme o boletim de ocorrência, a dona de casa de 33 anos estava em casa com os dois filhos, que foram deixados aos cuidados da avó materna no momento em que a equipe policial chegou. Ela foi levada para a sede do Batalhão de Choque sem necessidade de algema, já que não resistiu à prisão.
No entanto, horas depois a defesa já entrou com pedido de revogação da prisão alegando que ela é casada com Rodney, que foi preso em março do ano passado e é mãe de duas crianças de 10 e 3 anos.
“Os menores estão totalmente desamparados sem a presença dos pais, principalmente pela ausência da requerente [no caso a mãe]”, diz trecho do pedido.
Também foram alvos da ação desta quarta-feira Diego Fernandes Silva, Emerson Correa Monteiro, Felipe Henrique Adolfo, Lucas Ribeiro da Silva, Michael Guimarães de Bairros, Rodrigo de Carvalho Ribas, Vitor Gabriel Falcão Pinto e Wilson Alves Bonfim.
Empresário preso – Dono da transportadora JM Transportes, Rodney foi alvo de mandado de prisão durante a primeira fase da operação Snow em 27 de março do ano passado. O homem já havia sido preso por tráfico de drogas em São Paulo em 2021, transportando três toneladas de maconha.
No esquema investigado pela Snow, Rodney integrava quadrilha que fazia o transporte de cocaína de Ponta Porã para Campo Grande e depois distribuía para o restante do país. Faziam parte do grupo criminoso policiais civis, que levavam a droga em viaturas oficiais e também faziam escoltas de caminhões com entorpecentes, outros empresários e até assassino.
À época, foram alvos os policiais civis Hugo Cesar Benites, Anderson César dos Santos e Célio Rodrigues Monteiro. Além de Douglas de Lima de Oliveira Santander, Franck Santos de Oliveira, Ademar Almeida Ribas, e Ademilson Cramolish Palombo, o "Alemão".
Os nomes que também apareceram na lista foram de Jucimar Galvan, Adriano Diogo Veríssimo, Eric do Nascimento Marques, Joesley da Rosa, 35, Márcio André Rocha Faria, administrador, Mayk Rodrigo Gama e Wellington de Sousa Lima, conhecido como "garganta".
Segunda fase - Conforme investigação, o líder da quadrilha utilizava advogados para aliciar servidores públicos, inclusive um policial civil, que passava informações sobre eventuais ações das forças de segurança contra o grupo.
Dessa forma, os investigados tinham acesso às informações privilegiadas e conseguiam monitorar as cargas de drogas, além de instruírem conselheiros quanto aos assuntos sensíveis e pertinentes à organização.
Em algumas ocasiões, o grupo agia de forma violenta para resolver pendências que envolvessem os próprios integrantes, principalmente quando se tratava de perdas de cargas de drogas. Nessas situações, o “problema” era resolvido através de sequestros e execuções daqueles que cometiam o erro.
Para conseguir transportar a cocaína, eram utilizadas empresas de transporte, sendo algumas delas terceirizadas dos Correios. No decorrer da investigação, foram apreendidas mais de duas toneladas do entorpecente.
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