Empresário alvo do Gaeco já foi preso em SP com toneladas de maconha
Ele dirigia seu próprio caminhão carregado de paletes, que acobertavam carga de tijolos de maconha
Um dos presos da Operação Snow, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Rodney Gonçalves Medina, de 37 anos, já havia sido preso em agosto de 2021 na cidade de Avaí (SP) pelo transporte de 3 toneladas de maconha. Registros da Justiça daquele estado dão conta que em março do ano passado ele conseguiu liberdade provisória e voltou para Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande, ele é dono da Transportadora JM Transportes, localizada na Vila Piratininga, ativa e aberta desde abril de 2013. Conforme a denúncia contra ele em São Paulo, ele transportava quase 3 toneladas de maconha “em seu caminhão Ford Cargo placa (...) de Campo Grande/MS, trazendo a droga do Estado do Mato Grosso do Sul para o Estado de São Paulo”.
O caso ocorreu em 26 de agosto de 2021, por volta das 11h45 na rodovia SP-300, km 367, zona rural da cidade de Avaí, na comarca de Bauru. A carga era de paletes, mas em vistoria, policiais militares sentiram cheiro de maconha e encontraram embaixo dos objetos diversos tijolos da droga.
Em março de 2023, ele conseguiu liberdade provisória e segundo decisão, “apesar da quantidade de droga apreendida (quase 3 toneladas de maconha), observa-se que as condições pessoais do acusado, aliadas ao fato de o delito não ter sido cometido com violência ou grave ameaça, além da existência de dúvida se ele seria o real proprietário ou tinha conhecimento do carregamento do entorpecente, uma vez que teria sido apenas contratado para dirigir o caminhão, demonstram a suficiência da imposição de medidas alternativas”.
Ele voltou a MS, onde continua respondendo pelo caso e há audiência de instrução e julgamento marcada para 22 de maio, por videoconferência, na 2ª Vara Criminal de Bauru (SP). Ele foi preso hoje na Operação Snow, além de ter sido alvo de busca e apreensão.
Mais identificados - Outros presos na operação são Franck Santos de Oliveira, Marcio Andre Rocha Faria e Jucimar Galvan. Somente contra os dois últimos havia mandado de prisão. Todos foram fichados por posse ilegal de arma de uso permitido e Galvan, de uso restrito.
Boletins de ocorrência registrados contra eles dão conta que na oficina de Franck, ele aceitou a entrada dos policiais, mas em um dos cômodos do local, em cima do balcão, havia uma arma de fogo tipo pistola calibre 380, sem carregador.
Já na casa de Márcio, os policiais apreenderam dois cadernos com anotações e um aparelho celular, além de uma arma de fogo em cima da geladeira. O “revólver é de calibre .38 Special, acabamento niquelado, carregado com cinco munições intactas”, conforme detalhamentos do boletim de ocorrência.
Já no bairro Universitário, o alvo foi Jucimar Galvan. Na casa dele, foram localizadas, na gaveta da mesa de cabeceira, seis munições calibre .380 e uma munição de calibre 9 mm, todas de origem estrangeira. Em nome dele está registrada a empresa Furgões Galvan.
O Campo Grande News tentou falar com maioria dos advogados dos presos, mas nenhum quis passar informações mais detalhadas à reportagem, dizendo que ainda não haviam tido acesso ao processo.
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