Bancada petista em MS classifica condenação de Lula como “absurdo”
“Um absurdo jurídico sem precedentes que envergonha o Brasil”, assim, por meio de nota, a bancada de deputados estaduais do PT de Mato Grosso do Sul definiu a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder do partido, a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No texto, assinado em conjunto por João Grandão, líder petista na Casa, Pedro Kemp, Cabo Almi e Amarildo Cruz, a condenação pelo juiz Sérgio Moro representa “um ataque à democracia e à Constituição Federal.”
“Lula é alvo de um processo de perseguição política e sua condenação, mesmo que em primeira instância, coloca em risco os direitos fundamentais ao adotar ‘medidas de exceção’ e desconsiderar provas trazidas pela defesa. Essa decisão prejudica não apenas o ex-presidente Lula, mas a sociedade como um todo”, aponta a nota.
Os deputados ainda atentam para o caso do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL). “Vale lembrar que... Collor foi inocentado do crime de corrupção passiva pela ausência de um ato de ofício que comprovasse benefícios recebidos na forma de um Fiat Elba e na reforma da Casa da Dinda. No caso de Lula, o juiz Sergio Moro entendeu que não é necessário comprovar uma ação concreta do ex-presidente em benefício da OAS para condená-lo”, diz.
Classificando como “perseguição política e judicial sem precedentes”, os deputados classificam no texto que o ato foi um “golpe continuado” e que foi usado para iludir a aprovação da reforma trabalhista, às vésperas do recesso parlamentar.
“A bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul manifesta sua indignação e afirma que não irá aceitar mais este passo em direção ao Estado de Exceção”, completa o posicionamento, antecipando apoio à candidatura de Lula no próximo pleito presidencial. “Seguiremos na luta. E o povo brasileiro saberá democraticamente reconduzir Lula à presidência da república em 2018.”
OBS: matéria editada às 12h59 para correção de informações. Diferente do que foi publicado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e não preso