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Capital

Bancários mantém greve e Procon orienta sobre pagamentos em dia

Flávia Lima | 16/10/2015 11:07
Agências na Capital já atingem praticamente 100% de adesão. (Foto:Fernando Antunes/Arquivo)
Agências na Capital já atingem praticamente 100% de adesão. (Foto:Fernando Antunes/Arquivo)

Com a paralisação completando 11 dias, sem uma contraproposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a greve dos bancários prossegue indefinida e ganhando força no interior do Estado, segundo os sindicatos que representam a categoria na base Campo Grande e Dourados.

Para o presidente do sindicato da Capital, Edivaldo Barros, a falta de interesse dos banqueiros em chamar para uma negociação é sinal de desrespeito aos clientes. Das 170 agências que abrange o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região, 143 estão fechadas.

Alguns postos de atendimento bancário, que funcionam em órgãos público podem estar abertos, mas de forma eventual, segundo Barros. "Quando aparece algum funcionário eles abrem, mas não dá para afirmar que isso ocorra todos os dias", afirma.

Na base de Dourados o movimento também segue forte. De acordo com balanço divulgado esta semana, o quadro de paralisação seguiu inalterado com praticamente 100% de adesão dos trabalhadores.

São 49 agências paradas em 12 municípios. A base é composta por 50 unidades espalhadas por 13 cidades. Destes, apenas uma agência do Banco do Brasil, em Juty, ainda mantém as portas abertas.

A Fenaban aposta no desgaste da greve, mas Edivaldo ressalta que em viagem a são Paulo nesta quinta-feira (15), para se reunir com o comando geral, a categoria se mostrou unida, fortalecendo ainda mais as paralisações.

"Os bancos realmente não querem conversar. Não marcaram nada e a greve continua por tempo indeterminado. Os bancos estão apostando na crise de outros setores da economia e dificultando toda uma situação. O setor bancário continua lucrando como sempre. É um setor que não tem por que não conceder o aumento e está prejudicando os bancários e a população”, completa Barros.

A categoria pede um reajuste de 16%, sendo 5,6% de aumento real e 9,88% referentes à perda da inflação, além de mais contratações e segurança, A Fenaban ofereceu apenas de 5,5%. "O silencio a gente vê como um desrespeito, inclusive para a sociedade. Os bancos são um setor altamente lucrativo e sólido e é preciso dar uma resposta aos clientes. Essa situação vai criando uma tensão e a população fica a cada dia mais prejudicada.", destaca Barros.

Orientação - Com greve dos bancários, o Procon ressalta que os consumidores devem ficar atento ao pagamento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança. Segundo o órgão, embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar as contas, a empresa credora tem que oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.

Para não ser cobrado de encargos (juros e multa) e ter o nome enviado a serviços de proteção ao crédito, a recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para pagamento, como internet, a sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento em caixas eletrônicos, dentre outros

O Procon orienta ainda que o consumidor documente esse pedido, ou seja, guarde cópia de e-mail ou anote o número de protocolo de atendimento, por exemplo. Assim, caso o fornecedor não atenda à tentativa de quitar o débito, o consumidor pode fazer a reclamação ao Procon.

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