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Capital

Depois de 4 dias, greve fecha 115 agências na Capital e será retomada na 3ª

Flávio Paes | 09/10/2015 19:13
Adesão ao movimento greve supera 95% das agências (Foto:Divulgação)
Adesão ao movimento greve supera 95% das agências (Foto:Divulgação)

A greve dos bancários, que nesta sexta-feira completou quatro dias, com adesão de 95% das agências de Campo Grande. Segundo levantamento do sindicato da categoria, das 120 agências da cidade, 115 não estão funcionado com a adesão dos trabalhadores ao movimento. Na base territorial da entidade, que abrange outras 26 cidades, 26 agências também estão sem atendimento. Como a Federação dos Bancos não apresentou nenhuma proposta de negociação, o movimento vai continuar a partir de terça-feira

Na agência de Dourados, a greve também continua tendo ampla adesão. Segundo o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região aderiram ao movimento, totalizando assim 48 agências paradas em 11 municípios. A base é composta por 13 cidades.
Em relação às agências fechadas, a base é composta por 50 unidades, ou seja, apenas duas ainda continuam com atendimento ao público. As duas do Banco do Brasil, uma na cidade de Douradina e a outra em Juty. Nos bancos privados a adesão é de 100%, com todas as 21 agências de portas fechadas em decorrência da adesão de seus funcionários à greve.

Confira às cidades e número de agências fechadas: 23 em Dourados, 04 em Maracajú, 04 em Caarapó, 04 em Rio Brilhante, 03 em Fátima do Sul, 02 em Nova Alvorada do Sul, 02 em Itaporã, 02 em Glória de Dourados, 02 em Deodápolis, 01 em Jatei e, 01 em Vicentina. Destas, 16 do Banco do Brasil, 13 da Caixa Econômica, 11 do Bradesco, 03 do Itaú, 02 do Santander e, 03 do HSBC.

Mesmo com a greve, o auto-atendimento das agências está disponível para o uso da população, assim como, o pagamento de benefícios aos aposentados, pensionistas e afastados por problemas de saúde. Além disso, o serviço essencial também está sendo executado regularmente pela categoria como determina a legislação.

Em todo o Páis, o número de agências fechadas no país subiu para 10.818, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (8) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número representa aumento de 449 agências em relação ao dia anterior de greve.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que não possui levantamento sobre o impacto da paralisação no funcionamento das agências, mas destaca que os bancos oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.

O que pede a categoria
Os bancários querem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).
Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.

Greves em 2013 e em 2014
No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

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