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Capital

Com greve, dinheiro some de caixas e movimento de lotéricas cresce 50%

Flávia Lima | 08/10/2015 13:49
Movimento em lotéricas cresceu, mas movimento é trnaquilo na maior parte do dia. (Foto:Fernando Antunes)
Movimento em lotéricas cresceu, mas movimento é trnaquilo na maior parte do dia. (Foto:Fernando Antunes)
Movimento em agentes autorizados bancários também é intenso. (Foto:(Fernando Antunes)
Movimento em agentes autorizados bancários também é intenso. (Foto:(Fernando Antunes)

A greve dos bancários da Capital, que segue paralisação nacional entra no terceiro dia nesta quinta-feira e já fez crescer o movimento nas casas lotéricas e agentes bancários conveniados. Segundo gerentes desses estabelecimentos, ouvidos pelo Campo Grande News, o movimento subiu cerca de 50% e a procura maior é pelos saques, já que em várias agências os terminais eletrônicos já começaram a ficar sem cédulas.

Apesar da procura pelas lotéricas ter crescido, no final da manhã a movimentação em algumas unidades da região central era tranquila. Em uma casa lotérica da Rua 14 de Julho, a gerente Kelby Devicari revela que muitas pessoas chegam reclamando da falta de cédulas nos caixas eletrônicos e pelo fato de terem que ir mais de uma vez a lotérica para efetuar o saque, já que os valores diários são limitados.

Foi o caso de um aposentados, que preferiu não se identificar. Ele conta que foi em uma agência da Caixa Econômica Federal e não conseguiu sacar por falta de dinheiro, por isso foi realizar a operação na lotérica. Sem sucesso, ele deixou o estabelecimento nervoso. "Isso acontece muito porque os idosos tem dificuldade em operar os caixas sozinhos. Ele deve ter digitado a senha errado e a conta foi bloqueada", diz Kelby.

A gerente diz que a greve tem levado várias pessoas que não tem o hábito de pagar contas nos agentes lotéricos, por isso ela aconselha as pessoas a ficarem atentas quanto aos valores que podem ser operados pro dia nesses locais. No caso dos saques, o limite estabelecido é de R$ 1,5 mil para clientes da Caixa e de R$ 500,00 para os do Banco do Brasil.

Quanto aos depósitos, o máximo permitido é R$ 1,5 mil, porém o valor não pode ser depositado em cheque, apenas em dinheiro. Já para o pagamento de boletos da Caixa, o valor é de até R$ 2 mil e para os demais bancos, o limite é de R$ 700,00 diários.

Quem possui algum boleto com valores superiores, como a prestação de um veículo, a alternativa é entrar em contato com a empresa responsável pela cobrança ou tentar efetuar o pagamento pelos terminais eletrônicos, através de débito em conta.

A procura pelos serviço de saque cresceu tanto, que em uma lotérica na Rua 15 de Novembro a proprietária Rosa Marlene de Oliveira Siqueira estabeleceu o máximo de R$ 500,00 tanto para clientes do Banco do Brasil quanto para os da Caixa. "Se a gente não controlar, vai faltar cédulas nas lotéricas também", afirma.

Ela também alerta a população sobre as regras desses estabelecimentos, mas diz que reduziu o limite apenas para o saque. Os valores para pagamento de boletos de cobrança seguem as normas gerais dos agentes lotéricos, que é de R$ 700,00 para contas do Banco do Brasil e de até R$ 2 mil para boletos da Caixa. É importante observar a data de vencimento, que deve estar em dia.

Nas bancas de revistas e pontos do comércio que são agentes autorizados bancários, o crescimento também cresceu 50%, como revela Mario Ayabe, responsável por uma banca na Avenida Afonso Pena, que funciona como agente autorizado do Bradesco.

Ele explica que no local é possível sacar R$ 800,00 por dia se o valor for referente a benefícios recebidos e até R$ 1 mil se for da conta corrente. Já os boletos que não passam de R$ 1,5 mil também são recebidos, mas não podem estar com a data vencida.

Para os clientes das lotéricas ouvidos pelo Campo Grande News, a greve dos bancários não alterou a rotina, já que a maioria tem o costume de efetuar o pagamento das contas nesses estabelecimentos por considerarem o atendimento mais ágil.

"Sempre vou em alguma banca porque minhas contas são baixas e vai mais rápido", diz a atendente Jovelice Rodrigues Alves. A mesma prática também é adotada pelo zelador Jair Gonçalves da Silva, que trabalha próximo a uma lotérica da Rua 14 de Julho e prefere realizar os serviços bancários no local. "Para mim a greve não afeta em nada", ressalta.

A vendedora Juli Souza também é cliente antiga do local e acredita que as filas nos terminais eletrônicos são mais lentas porque muitas pessoas tem dificuldade em realizar as operações. "Aqui os próprios funcionários já fazem tudo. É mais rápido", destaca.

Números - Segundo o Sindicato dos Bancários, o último balanço oficial da greve, que acontece por tempo indeterminado, aponta que das 170 agências que compõem a base do sindicato da Capital, que abrange outros 27 municípios, 125 estão fechadas em Campo grande e no interior.

Os bancários reivindicam reajuste de 16%, incluindo a reposição salarial, porém a Fenabam (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu 5,5%. Na Capital são 2,7 mil bancários distribuídos em 120 agências. 

Gerente de lotérica, Rosa Siqueira, diz que precisou limitar valores de saques para não faltar dinheiro. (Foto:Fernando Antunes)
Gerente de lotérica, Rosa Siqueira, diz que precisou limitar valores de saques para não faltar dinheiro. (Foto:Fernando Antunes)
Maioria dos entrevistados já utiliza os serviços bancários das lotéricas. (Foto:Fernando Antunes)
Maioria dos entrevistados já utiliza os serviços bancários das lotéricas. (Foto:Fernando Antunes)
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