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Capital

Bernal diz a terceirizados que pode fazer contrato emergencial em creches

Aline dos Santos e Yarima Mecchi | 19/12/2016 10:14
Bernal ( de costas) conversa com funcionários de entidades. Grupo protestou em frente à prefeitura. (Foto: Fernando Antunes)
Bernal ( de costas) conversa com funcionários de entidades. Grupo protestou em frente à prefeitura. (Foto: Fernando Antunes)

A prefeitura de Campo Grande pode abrir contratação emergencial para atender creches que ficaram sem mão de obra após ordem da Justiça para rescindir convênios com a Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária).

Ao todo, quatro mil pessoas devem ser demitidas. A decisão também afeta os centros de assistência social, centro de convivência do idoso e Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante).

Nesta segunda-feira (dia 19), dois mil funcionários das entidades foram às ruas e à prefeitura de Campo Grande. Eles cobram o pagamento da rescisão dos contratos de trabalho. De cima do carro de som dos manifestantes, o prefeito Alcides Bernal (PP) disse que vai entrar com recurso contra a decisão hoje.

Se a solicitação for indeferida, o plano B é contratação emergencial. Sem muitos detalhes, o prefeito disse aos jornalistas que pode incluir no edital requisitos como experiência no serviço e contato com a comunidade. Questionado como vai assegurar os serviços hoje, Bernal não respondeu e entrou na prefeitura. Os funcionários da Seleta e Omep realizam funções como cozinheira, recreador e faxineiro.

Secretário de Governo, Odimar Marcon afirmou que o poder público fez todos os esforços para não chegar a esse ponto. “Anteriormente, o mesmo juiz disse que poderia ser escalonado até junho de 2017”, diz.

Na semana passada, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, determinou a extinção dos contratos. A prefeitura divulgou comunicado na última sexta-feira (dia 16) informando que todos os funcionários contratados pelas duas entidades tiveram a atividade laboral interrompida e não podem ter acesso aos locais onde desempenhavam as suas funções.

O pedido de extinção dos convênios partiu do MPE (Ministério Público Estadual), que já vinha apurando irregularidades e, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), realizou na terça-feira (13) a Operação Urutau, que resultou na prisão dos presidentes de ambas entidades conveniadas ao poder público.

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