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Capital

Bernal diz que reajuste da tarifa é "absurdo", mas não descarta alta

Jéssica Benitez | 22/03/2013 11:07
Prefeito voltou a falar de pressão para reajustar tarifa de ônibus (Vanderlei Aparecido)
Prefeito voltou a falar de pressão para reajustar tarifa de ônibus (Vanderlei Aparecido)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), classificou de "absurdo" o reajuste na tarifa do transporte coletivo. No entanto, ele não descarta autorizar o aumento, que poderá elevar o custo ao usuário de R$ 2,85 para R$ 3,00 a partir deste mês. O chefe do executivo justificou que é obrigado a cumprir o contrato.

Bernal disse ter colocado uma equipe especialmente para analisar o contrato com as concessionárias prestadoras do serviço. “Estamos analisando o contrato, fazendo levantamento, avaliando não só a questão tarifária, mas também as condições do serviço prestado hoje”, contou.

Embora não tenha dado resposta mais específica, Bernal concorda que o preço cobrado pelo vale transporte, atualmente (R$ 2,85), já está alto. “Acho um valor altíssimo”, avaliou o prefeito.

Conforme justificou o progressista, as empresas do transporte coletivo solicitaram que haja aumento na tarifa. Em Campo Grande, 190 mil pessoas fazem uso de ônibus para se transportarem de um local para o outro.

As concessionárias alegam crescimento de 14% no preço do litro do óleo diesel, fator que pesa 30% no cálculo da tarifa, forçando, assim, a elevação da passagem que pode chegar a R$3,00.

O serviço é oferecido pelo Consórcio Guaicurus, formado pelas empresas Viação Cidade Morena, Campo Grande, São Francisco e Jaguar. Ontem, o MPE (Ministério Público Estadual) anunciou a instauração de inquérito para acompanhar as negociações para o reajuste na tarifa.

No ano passado, durante a campanha eleitoral, o prefeito prometeu rever os contratos firmados com as empresas de ônibus, do lixo e da inspeção veicular. Só o último acabou suspenso.

Ainda na questão do transporte coletivo, Bernal recebeu o apoio do PT e do PSDB porque sinalizou que contemplaria proposta dos dois partidos, que defendem a redução na tarifa. O PT propôs corte de R$ 0,25, de R$ 2,85 para R$ 2,60.

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